Um 4º lugar na Corrida 1, a um passo do pódio, e um 8º lugar na segunda corrida. Kevin Zannoni iniciou assim a temporada 2023 da MotoE, ciente de um defeito particular que precisa ser corrigido. Ele não consegue “riscar” nas primeiras voltas, problema que, portanto, também o afeta no restante da corrida. Durante o fim-de-semana também houve alguns percalços entre os treinos livres e a qualificação, mas o piloto do SIC58 já conseguiu uma excelente sensação com a sua Ducati V21L. A próxima ronda é em Mugello, a sua pista caseira, e Zannoni certamente não quer aparecer. Antes disso, aqui fica o seu relato do fim-de-semana no Circuito Bugatti.
Kevin Zannoni, conte-nos sobre seu fim de semana em Le Mans.
No geral, foi um fim de semana positivo, no qual conquistamos pontos suficientes para casa. Faltou algo para sermos realmente competitivos, mesmo que eu tenha perdido por pouco o pódio na Corrida 1. Agora temos que pensar no próximo em Mugello.
Parada em casa, uma motivação extra para todos os italianos, portanto também para você.
Sim, mas no final é um pouco uma casa para todos, já que somos nove italianos na categoria! Somos muitos.
Como foi a performance da sua Ducati em Le Mans? Tudo bem ou algo não funcionou como você esperava?
Todos nós estabelecemos ótimos tempos, rodando muito rápido em comparação com o que fizemos com a moto antiga. Porém, cada vez que você a pilota, esta Ducati fica sempre mais bonita e divertida! Mas mais uma vez nos faltou algo nas primeiras voltas com o novo pneu a ser bem explorado para sermos competitivos para a vitória ou pelo menos para o pódio. É a única coisa a corrigir, também vou trabalhar em casa para melhorar um pouco a minha explosão nas primeiras voltas.
Kevin Zannoni, em termos de sentimento com a moto, onde você está? Ainda tem que acertar?
Não, na verdade me sinto à vontade na moto, relaxado. Eu diria que já sinto que é meu, gosto muito.
Quanto ao circuito, como correu?
Le Mans é uma pista que gosto muito, o público também é incrível e está sempre indo para lá. Desta vez também apanhámos um fim-de-semana completamente soalheiro, não foi fácil! A pista é muito boa, as referências mudaram um pouco em relação às da moto antiga, eram um pouco novas para aprender. Mas mesmo com essa moto gostei muito!
Existe algo que te surpreendeu?
Sempre travando um pouco em relação ao ano passado, com esta moto você pode frear muito tarde.
Kevin Zannoni, em relação ao tempo, como foi?
Estava frio, mas não muito na minha opinião. Tirando as oito e meia da manhã nas sextas-feiras, tirando esse turno estava bom. No geral correu muito bem, assinaria para que fosse sempre assim!
Quanto aos pneus, problema resolvido?
Não houve problemas, não sei se foi devido ao traçado da pista, sem muitas curvas ao contrário de Barcelona e Jerez. Ou talvez porque todos nos acomodamos melhor, mas não houve grande degradação. Veremos como corre em Mugello também, teremos ideias mais claras.
Analisamos seus turnos, começando com treinos livres e qualificação. Como foi?
No Treino 2 tentamos algo que não funcionou e tive que passar pela Q1. Nunca é fácil, mas conseguimos. Na Q2 fizemos outra pequena mudança que gostei mais e a moto parecia muito minha. O problema, porém, é que começou a chover assim que a luz verde acendeu e não consegui continuar a recarregar a moto. Então consegui fazer apenas duas voltas cronometradas, mesmo com uma longa na boa, e depois morreu. No final também correu bastante bem, com mais algumas voltas ou sem o erro podia ter largado mais à frente… Com os ses e os mas não adianta muito, limitamos os estragos e a terceira linha foi’ t ruim.
Kevin Zannoni, você largou do oitavo lugar no grid. Seguem-se então as duas corridas: para além das dificuldades das primeiras voltas, como as avalia?
Lamento pela Corrida 1, cheguei a dois décimos do pódio! Digamos que me roubei um pouco nas primeiras curvas, comecei com muita calma e perdi muitas posições. Então tive que fazer uma corrida de retorno e cheguei logo atrás em 3º lugar, mas sem conseguir tentar a ultrapassagem. A corrida 2, por outro lado, começou melhor, mais agressiva desde o início, mas sempre sofri nas primeiras voltas e não consegui segurar o grupo da frente. O positivo é que de qualquer forma trouxemos para casa um 4º e um 8º lugares, bons pontos no campeonato, e sinto-me bem.
No geral, o que você acha do novo formato de dois dias?
Nada mal, sempre há o suficiente para fazer. Mas talvez depois da Corrida 1 você queira se divertir mais, especialmente se conseguir um bom resultado como meu 4º lugar. Em vez disso, você deve sempre manter o foco e pensar imediatamente na Corrida 2, nunca deve baixar a guarda. Por um lado, embora seja melhor do que no ano passado, você tem menos tempo para fazer nada, mas, por outro, também seria bom relaxar depois da primeira corrida. É muito estranho correr só aos sábados e acordar aos domingos sem fazer nada!
Torres, Ferrari e Garzo mostraram algo mais do que todos os outros. Você esperava isso?
A Ferrari foi muito rápida nos testes, então sim. O Torres sempre foi forte em Le Mans… Talvez porque tenha conseguido acertar a moto para aquela pista, ou porque os pilotos se deram logo bem, mas foram os três que fizeram a diferença. Espero pegá-los em Mugello!
Você tem alguma ideia para melhorar o seu “defeito”?
Sim, vou continuar treinando para tentar ficar mais explosivo. Devemos então tentar ajustar o acerto um pouco melhor para essa condição. Espero que a combinação das duas coisas me leve a ter um bom desempenho em Mugello.
Kevin Zannoni, quais são suas expectativas para o jogo em casa?
Eles são sempre altos! Prefiro sempre falar depois, mas procuro estar à frente, brigar e resolver melhor esses pequenos detalhes. Mugello também é uma pista de que gosto muito, sempre tive boas lembranças e mal posso esperar para começar!
Esperando também uma maior afluência do público.
Sim, no ano passado houve muito pouca audiência na Itália. Viemos da França com uma torcida incrível, com gente que ficou para ver todas as categorias. Seria bom ver arquibancadas cheias em Mugello também, com os italianos vindo para apoiar os pilotos italianos e os outros.