Chegamos a mais um ponto de interrogação na categoria Moto3. Tatsuki Suzuki acaba de cumprir aquela que é a sua melhor temporada no mundo, tanto a nível de pontos como a nível de classificação. Este é o oitavo para “Callaghan” na classe menor do Campeonato Mundial. Um piloto capaz de subir ao pódio, de vencer, de conquistar o primeiro box do grid… De escrever um pedaço da história do seu país, como aconteceu no GP da Áustria de 2022 junto com o compatriota Ayumu Sasaki. Mas também para acumular um grande número de zeros todos os anos. Uma incoerência que condicionou claramente os resultados de um dos veteranos da categoria.
Oito anos de altos e baixos
A estreia no palco internacional nunca é fácil, cada piloto então encara de uma forma diferente. No caso da Suzuki, a estreia acontece aos comandos de uma Mahindra, uma moto difícil mas que curiosamente tem favorecido o crescimento de alguns pilotos agora no MotoGP. Pense nos casos de Pecco Bagnaia, Jorge Martin e Miguel Oliveira. Mas, como mencionado, cada piloto é diferente e Tatsuki Suzuki teve dificuldades. Ele pilota motos Honda desde 2017, mas o que emerge de seus resultados sazonais é, infelizmente, a falta de consistência. Uma média de sete zeros por ano, em pouquíssimos casos por lesões, mais frequentemente por acidentes de corrida. Certamente sem perder alguns episódios infelizes com outros pilotos. No entanto, o próprio Suzuki, finalmente mostrando a coragem certa, conquistou sua primeira vitória em 2019. Um presente emocionante para seu chefe e “pai italiano” Paolo Simoncelli em Misano, na pista que leva o nome de seu filho Marco. No entanto, o sucesso na corrida só veio mais uma vez, no GP da Estíria de 2020, junto com outros cinco pódios, contando toda a sua carreira na Moto3.
Tatsuki Suzuki, mais não do que sim
O próprio “Giapporiccionese” destacou seus defeitos. Várias vezes faltou a malícia competitiva certa na pista, deixando de aproveitar os momentos para fazer algo mais. Mas vamos voltar ao assunto da inconstância, por exemplo, basta olhar para 2022. Do GP da França à etapa de Assen ele está sempre do 3º ao 5º lugar na corrida, nas quatro rodadas entre Ásia e Oceania ele trouxe aposentadorias em casa apenas na competição. Apesar de tudo foi seu melhor ano, 7º campeão mundial com 130 pontos acumulados. Porém, parece difícil fazer a fatídica pergunta para o próximo ano, mas vamos tentar mesmo assim: será que a Suzuki pode ser uma das candidatas ao título do Mundial de Moto3? No momento, a resposta mais simples é não, listamos os motivos acima. Mas não esqueçamos que o Mundial sempre reserva surpresas, então a pergunta também pode ter outra resposta: “Não, mas quem sabe”.
Crédito da foto: motogp.com