Entre os estreantes de Moto3 esteve também um jovem e agressivo indonésio. Mario Suryo Aji completou sua primeira temporada mundial, com alguns flashes que já renderam capítulos da história de seu país. Um estado asiático que não tem tradição de peso no mundial, aliás tem poucos pilotos que conseguiram pisar o palco internacional diante de Aji, claramente com dificuldade. O caminho é muito longo e difícil para o piloto da Honda Team Asia, mas quem sabe onde ele pode chegar.
Prime em Aji
Existem muito poucos pilotos indonésios em ação no Campeonato Mundial. Vamos começar com quem pontuou: Andi “Gilang” Farid Izdihar (campeão do ARRC Supersport 600 em 2022) terminou com quatro décimos quintos lugares em 2021. O mesmo vale para Doni Tata Pradita, que em vez disso somou pontos na classe intermediária: ele é 15º nas 250cc em 2008, repetiu-se na Moto2 em 2013. Somamos Rafid Topan Sucipto, ativo a tempo inteiro na Moto2 apenas em 2013, mais dois GPs extra em 2012 e 2018, sem nunca ter pontuado nos pontos. Não esqueçamos Dimas Ekky Pratama, oficial do Mundial de Moto2 apenas num difícil 2019. Em Jerez, inocente protagonista de um acidente múltiplo, é atropelado por outro piloto, sem consequências. Mas os problemas surgem logo no primeiro treino livre em Assen: um violento acidente provoca-lhe uma concussão que o deixará fora de ação durante um total de 7 GPs.
Substitutos e curingas
Há quem, por outro lado, Gerry Salim só tenha competido em dois GPs do mundo como suplente em 2019: é 16º em Mugello na Moto3, 29º em Aragão na Moto2. Acrescentemos o único wild card de Fadli Immammuddin, o GP de Moto2 da Malásia em 2013. Carreira então como paratleta, visto que a carreira de motociclista foi interrompida em 2015 na ARRC Supersport 600 em Sentul. A comemoração do triunfo na Corrida 2 terminou com um gravíssimo acidente provocado por outro piloto, que o levou à amputação da perna esquerda. Ele conseguiu, mas não uma jovem promessa do movimento motociclista indonésio. Afridza Munandar, 20, durante a rodada da Asia Talent Cup 2019 em Sepang foi o infeliz protagonista de um acidente que foi fatal para ele.
Mario Suryo Aji já está na história
A Indonésia também está tentando entrar lentamente no Campeonato Mundial, o último jovem piloto que está tentando é precisamente o estreante de 2022 na Honda Team Asia. Como mencionado, ele já escreveu pedaços da história de seu país: em seu GP em casa, ele se torna o primeiro indonésio a conquistar a primeira linha da classificação, 3º no grid. Mas incrivelmente repete-se em Portimão, aliás quase acerta o golpe e acaba por ser 2º por apenas 17 milésimos! Na corrida, ele consegue apenas dois pontos em todo o ano de 2022, mas são dois resultados históricos. É 14º na Indonésia, melhor que os 15º lugares acima referidos, mas ainda melhor em Mugello: é 13º na linha de chegada, alcançando o melhor resultado mundial de sempre para um indonésio! Pequenos passos para um “herói solitário” impulsionado por um país inteiro e determinado a dar a sua opinião. Os primeiros capítulos da história foram escritos, só nos resta subir.
Crédito da foto: motogp.com