A deste início de 2023 é um super Arbolino, quatro pódios em cinco rodadas, com um 4º lugar como pior resultado e duas boas vitórias no placar. O segundo veio no GP de Le Mans ao final de uma corrida em que realmente mostrou que tinha algo a mais que seus rivais. Mesmo em Pedro Acosta, que cometeu um raro erro ao tentar diminuir a diferença para o italiano. Mas Arbolino capitalizou ao máximo, contendo também a reviravolta de Salac, nunca perto de tentar um ataque. Chegará a Mugello como líder mundial de Moto2, mas também de olho no futuro, precisamente numa possível aterragem na Gresini Racing no MotoGP de 2024. O título de campeão do mundo seria o melhor cartão de visitas.
Degrau superior
A terceira posição na qualificação, sessão em que por vezes sofre, já era um sinal animador. Em pouco tempo Arbolino havia assumido a liderança, mas foi um GP marcado por um grande acidente que levou à bandeira vermelha em menos de três voltas da corrida. Pouco antes, porém, seu boxmate Sam Lowes caiu. “Acho que ele arriscou bater na minha moto, felizmente correu bem!” o motorista Lombard de 22 anos admitiu mais tarde. Tudo parado para socorro, mas os pilotos estão bem e recomeçamos. O sprint na largada é ainda melhor e sem pensar nos adversários. “A única coisa que pensei foi assumir a liderança. Eu sabia que tinha algo mais.” Aliás, em pouco tempo Arbolino alongou, ninguém conseguiu acompanhar. Acosta tenta, mas eis o erro inesperado, que abre caminho para um passeio solitário. Quase. “Forcei muito no final, estava no limite e até arrisquei um pouco, mas senti atrás de mim.” A referência é a Filip Salac, que viu a oportunidade de tentar o golpe e tentou. Arbolino, portanto, teve que pressionar até o final para conter o feroz piloto tcheco. Missão somou 25 pontos no bolso e a liderança do campeonato, com os cumprimentos também do amigo Fabio Quartararo que imediatamente correu para o parque fechado para abraçá-lo.
Arbolino: “Tinha de ganhar”
O piloto da Marc VDS recomeçou dos excelentes sinais vistos no final de 2022. Desde que “desbloqueou”, porém, tem parado mais, como referiu, somando uma grande série de resultados. Pódio, vitória, pódio, 4º lugar, até esta segunda vitória do ano que o projecta de volta ao topo da classificação geral. A largada não poderia ter sido melhor, mas obviamente Arbolino mantém os pés no chão depois de 5 GPs. No entanto, quer manter o rumo, está focado, sabe quais são os seus objetivos e não arrisca excessivamente, pensando sempre apenas em trazer para casa o máximo possível. “Estamos sempre prontos para lutar pelo top 5” ele sublinhou. Mas o objetivo no GP de Le Mans logo se tornou um: “Foi um dia em que eu tinha que vencer.” Sem olhar mais longe, mas apenas uma corrida de cada vez. Faltam 15 GPs, mas o próximo é em Mugello e Arbolino chega como líder do campeonato, determinado a brilhar mesmo em casa.
Crédito da foto: motogp.com