A cortina cai sobre uma lenda. Maurizio Bottalico anunciou sua aposentadoria há alguns meses e no último domingo participou e venceu sua última corrida. “O Chapeleiro Maluco”, como é apelidado, sai das competições como campeão. Este ano conquistou quatro títulos, dois dos quais italianos e igual número europeus nas classes 600 e 1000. Além disso, subiu ao pódio no Grande Prêmio de Manx na Corrida Júnior com Paton diante de milhares de pessoas e sua família (na foto de Gianluca Domenicali). Na sua segunda participação na Ilha de Man conseguiu imediatamente um resultado incrível. Mas agora ele está virando uma nova página, como disse a Corsedimoto.
“Estou indo embora, não vou dar um passo para trás – diz Maurizio Bottalico – Acho que isso está claro há algum tempo. Terminei a minha carreira de piloto com 122 vitórias em 153 mangas disputadas em Road Races, com 7 títulos italianos e 6 europeus, com o pódio no Manx e muitas outras recordações maravilhosas. A questão já foi feita, mas não significa que seja uma despedida definitiva de todo o mundo das motocicletas”.

Você está deixando alguma lacuna aberta?
“Agora tenho um pequeno problema físico para resolver, mas de qualquer forma posso estar presente em outras funções no futuro. No momento não direi mais nada.”
O que você sentiu ao vestir o traje e o capacete para a última corrida?
“Fiquei muito tranquilo. Não pensei muito na classificação porque para ganhar o título bastava terminar. Só pensei em me divertir e na corrida como um fim em si. Luca Salvadori também competiu e eu sabia que ele estaria no jogo porque sei o quão rápido ele é na moto. Fiquei feliz por ele ter vindo e para mim foi um bom estímulo como piloto.”
Entre as melhores lembranças da sua carreira está o pódio no Manx?
“Claro que o pódio foi algo incrível, acho que é o objetivo de todos que participam das Road Races. Este ano tive curiosidade de aproveitar bem a experiência de 2022 e ver o quão rápido poderia ir. Não percebi o pódio até chegar à linha de chegada, mas quando me acenaram para o palco, bem, experimentei emoções que nunca esquecerei. É uma pena para o Sénior, pois tive um pouco de azar, caso contrário também poderia ter almejado o pódio. Entre as lembranças indeléveis, além do Manx, incluo também o desafio com Max Biaggi no supermoto. De qualquer forma, seriam tantos que seria impossível mencioná-los.”

Um momento para apagar?
“O pior remonta ao CEV de 1999. Fui deixado em casa por uma equipa que contratou um piloto pagante para o meu lugar, mas depois chamou-me de volta no final da temporada porque o substituto tinha feito muito pouco”.
Seus filhos também estiveram presentes no Manx. O pequeno se tornará piloto?
“Claro, já coloquei na moto. Certamente não desaparecerei e continuarei seguindo o motociclismo como meu pai”.
Foto Gianluca Domenicali