Quarta-feira, 7 de junho de 2000, corrida ultraleve de 125 TT. Aos 48 anos, Joey Dunlop conquista a sua 26ª vitória pessoal no Troféu Turístico da Ilha de Man. Ninguém poderia imaginar que esta seria a sua última vitória no TT. Algumas semanas depois, após um acidente fatal na Estônia, o “Rei da Estrada” perdeu a vida, deixando um vazio insuportável nas corridas de rua. O maior, o mais bem-sucedido, o exemplo para muitos piloto de estrada que se seguirá. De John McGuinness, que ainda tem 23 reclamações, até seu sobrinho Michael Dunlop. 23 anos se passaram desde a última declaração do tio Joey, “O touro” ficou a um passo de empatar o placar na edição recém-concluída do Isle of Man TT. Presumivelmente, uma meta adiada por 12 meses, para uma comparação geracional e períodos históricos de corridas de rua, se preferir, pouco generosos para ambos.
MICHAEL E SEU TIO JOEY DUNLOP: UM ASSUNTO DE FAMÍLIA
A primazia dos sucessos no TT é uma questão de família e da dinastia Dunlop. Joey com 26 vitórias, Michael no auge do 2023 TT que parou em 25. Tudo isso marcando 4 vitórias em uma semana em 8 corridas ‘Só‘ disputado, compartilhando os sucessos com um Peter Hickman apesar de tudo não tão longe (13 hurra). Nos últimos dias, apurando que encontrou um “Mickey DNa melhor das hipóteses, havia a sensação de que a história seria escrita na Ilha. O amargo abandono durante a primeira volta de uma Supertwin Race 2 onde estava literalmente a dominar, deixou uma conta por resolver.
4 VITÓRIAS PREVISÍVEIS
De facto, em vésperas do TT de 2023, eram previsíveis quatro triunfos de Michael Dunlop. Então, de fato, foi. A chave dupla poderia ter sido prevista no “processar” Classes Supersport (missão cumprida) e Supertwin. Faltou um bis entre os 4 tempos bicilíndricos de pelo menos 650cc de cilindrada, compensado por ter arrancado a vitória a Hickman na primeira corrida de Superbike. Isso permitiu que MD passasse de 21 para 25 rebatidas, alcançando e superando o já mencionado John McGuinness, mas não alcançando seu tio Joey.
VITÓRIAS COMPARÁVEIS ENTRE MICHAEL E JOEY DUNLOP?
Nesses casos, as comparações com o passado são forçadas e, se quiserem, pouco generosas. Para os diretamente envolvidos. Joey alcançou 26 sucessos aos 48 anos, enquanto Michael pode contar 25 como um novo homem de 34 anos. O “Rei da Estrada” ele não costumava correr em todas as classes e não tinha materialmente o mesmo número de chances de vencer em todas as edições do TT, enquanto um piloto polivalente MD corre (e vence!) com praticamente qualquer moto em cada classe. Claro, o que você pode dizer ao bom Michael? Quatro vitórias em uma semana desse tipo estão fora de questão, diante de um Peter Hickman capaz de retocar várias vezes o recorde absoluto.
DINASTIA DUNLOP
O que é certo é que o recorde de 26 rebatidas de Joey Dunlop permanecerá inalcançável por mais um ano. Michael já armou a flecha, no auge de uma carreira onde se firmou como personagem ao não ser personagem voluntariamente, sempre correndo até o limite. Com a missão de ganhar e correr o seu pão. Superando tragédias como a perda de seu pai Robert e de seu irmão William, como expoente de uma dinastia de motocicletas que tem em seu destino o TT e os recordes.