A Ferrari apresentou o SF-23 no Dia dos Namorados e despertou o entusiasmo de seus fãs, tanto os presentes no Fiorano quanto os que assistiram ao evento em frente a um telão. Há uma grande vontade de rever o cavalo empinado triunfo na F1, algo que não acontecia desde 2007 no que diz respeito ao título de pilotos e desde 2008 para o título de construtores.
Ouvindo as palavras de Frederic Vasseur, Charles Leclerc e Carlos Sainz, percebe-se o desejo de vencer e a confiança para fazê-lo já em 2023. Obviamente, é impossível ultrapassar sem primeiro ver os carros em ação, mas em Maranello eles são convencidos de que trabalharam bem nos últimos meses e podem ser protagonistas do campeonato que começará com a corrida em 5 de março no Bahrein.
Ferrari F1, confiabilidade aprimorada: palavra de Cardile
Para vencer será preciso resolver os problemas que caracterizaram a Ferrari na temporada de Fórmula 1 de 2022. Um deles é certamente a confiabilidade. Em Barcelona e Baku, o F1-75 foi eliminado enquanto Leclerc liderava a corrida. Em Sainz, os problemas se manifestaram no Azerbaijão e depois na Áustria. Muitos pontos jogados fora.
Mattia Binotto admitiu que a equipe de Maranello foi forçada a sacrificar a potência para ter mais confiabilidade. O carro foi “castrado” para evitar que novas falhas na unidade de potência ocorressem. Com o desenvolvimento bloqueado, com vista a 2023 só foi possível trabalhar a fiabilidade e espera-se um claro passo em frente.
Enrico Gualtieri, chefe do departamento de unidade de energia, explicou que houve intervenções importantes para tornar o SF-23 sólido: “Tentamos entender as causas profundas dos problemas e usamos todas as ferramentas para tentar resolvê-los. Todas as áreas estiveram envolvidas, desde o design à experimentação, para experimentar novas soluções num curtíssimo espaço de tempo. Foi um esforço considerável, visando a melhoria contínua dos componentes para ter o nível de confiabilidade exigido. Os procedimentos de montagem também foram revisados“.
Estratégias, Vasseur anuncia mudanças
Outro aspecto que a Ferrari deve melhorar significativamente em relação a 2022 é certamente o das estratégias. Muitos erros cometidos no último Mundial de F1, com Leclerc prejudicado várias vezes por decisões incompreensíveis. Eles não podem dar certos presentes para a competição vencer. Inaki Rueda, chefe de estratégia da equipe, sempre foi alvo de críticas. Mas não é o único culpado, pois a estratégia é fruto do trabalho de muitas pessoas e não de uma só.
Vasseur admitiu que está pronto para intervir nessa área: “Faremos alguns pequenos ajustes, mas de fora só dá para ver a ponta do iceberg. Quando se trata de estratégia, não se trata de um homem apertando um botão. É o software, é a equipe na fábrica, é o processo de tomada de decisão na parede. Não há uma pessoa“.
O novo chefe de equipe analisou as coisas que deram errado no último campeonato de Fórmula 1 e está tentando fazer as devidas correções. Ele chegou apenas no início de janeiro e ainda há muitas coisas que ele precisa saber sobre o mundo da Ferrari. Os fãs, assim como os pilotos, esperam não ver mais erros sensacionais como os de 2022.
Foto: Ferrari