Uma primeira partida muito positiva para a única italiana competindo no novo Campeonato Mundial Feminino. Roberta Ponziani aliás ela se saiu bem nos dois dias em Cremona: liderando por muito tempo a classificação geral, só cedeu para Ana Carrasco no final (a reportagem). A piloto da Yamaha Motoxracing WCR Team está sorrindo depois destes primeiros e únicos testes, mas não ficará parada até o início do Campeonato Mundial Feminino. Energizado depois destes dois dias, o atual campeão do CIV está pronto para a segunda eliminatória da Yamaha R7 Cup em Vallelunga, determinado a demonstrar que as dificuldades de Misano estão verdadeiramente esquecidas.
Roberta Ponziani, como foram as primeiras provas do Mundial Feminino?
Correu tudo bem, estou muito feliz. Eu já conhecia a pista, então sabia que poderia dar a minha opinião, mas não esperava estar na frente o dia todo! Só na última rodada o Carrasco foi mais forte, ela arriscou e conseguiu, embora talvez eu tenha ficado um pouco ‘satisfeito’, já que sempre estive à frente dela de qualquer maneira.
Você também deu uma primeira olhada no nível do campeonato.
Por exemplo, no Campeonato da Europa éramos 4-5 que fomos muito rápidos, mas aqui na minha opinião estão todos fortes! Vai ser difícil porque não é preciso muito, talvez um erro ou não conhecer a pista, e você fica para trás.
Porém, as seleções mais esperadas da Copa do Mundo Feminina já estão na liderança.
Digamos que sim, existem os ‘favoritos’, mas os outros não estão longe, estamos mesmo a falar de décimos! Alguns já conheciam a pista porque lá haviam feito testes, o que pode ter feito uma pequena diferença.
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Como outros, você também já filmou em Cremona.
Fotografei lá neste inverno, mas infelizmente nunca encontrei condições favoráveis. Sempre chovendo, úmido… Ainda não tinha conseguido rodar no calor e no seco, nas condições encontradas nos testes. Nunca fiz esse tempo de volta antes!
Tempo bom no intervalo, para o dia de ‘estreia’ do Mundial Feminino não faltou chuva.
A primeira foi como sempre: você chega, faz dois turnos e aí começa a chover! Também fiz algumas sessões no molhado e foi útil, já não andava nessas condições há algum tempo e nunca com esta moto. O segundo dia, porém, foi lindo, com temperatura perfeita e pista seca.
Você esperava ver tempos já tão próximos?
Esperava lacunas maiores e encontrar mais ou menos a situação do Campeonato da Europa. Não estou dizendo que tenho “trânsito”, mas nem estou muito preocupado em ter alguém atrás de mim. Em vez disso, me revezei com alguns que estavam esperando que eu ficasse lá. Numa qualificação é perigoso, mesmo quem costuma terminar em 15º leva o turbilhão e assim a pole. Precisamos entender os adversários, não conheço muitos deles então ainda não sei quem é realmente forte.
Você empurrou os tempos ao máximo ou não era esse o objetivo?
Na última sessão colocámos pneus novos, com o Carrasco a cair meio segundo, enquanto não consegui tirar partido deles. Talvez pudéssemos ter feito um pouco melhor do que o tempo que estabeleci na sessão anterior e com pneus usados. Não consegui, havia um pouco de margem.
As provas já terminaram para o Mundial Feminino, mas você não fica parado. Expectativas?
Encontrei uma maneira de treinar! Este fim de semana vou correr em Vallelunga, não corro lá há anos, mas gosto do circuito e espero estar bem. As coisas correram um pouco mal em Misano, não me senti confortável com a moto e tivemos algumas dificuldades. Aqui, porém, também haverá mais conscientização após os testes, acho que o top 10 é viável.
Foto: Dorna Sports