Um ano de crescimento no Campeonato Italiano de Supermoto. Antonino Navarria é um piloto nascido em 2006 (17 anos em novembro), uma mistura de culturas italianas: pai siciliano, mãe milanesa, nasceu em Rovigo mas a família vive em Brescia. Nascido no motociclismo de velocidade, corre exclusivamente em motard há três anos, há dois com Max Gazzarata e Vittoria Di Rienzo’s Gazza Racing. Este ano, companheiro do campeão Alessandro Sciarretta e do 3º colocado Iacopo Arduini, conquistou o 5º lugar. Ao mesmo tempo, Navarria frequenta a escola, mas não só: fará algumas provas como “líder de equipe” e estuda para se tornar Técnico Federal. Quer conhecer a história dele em detalhes? Nós vamos te contar sobre isso, aqui está nossa entrevista.
Antonino Navarria, conte-nos sobre sua temporada de Supermoto.
Começamos pelos testes, sendo pilotos oficiais da Honda Red Moto tivemos que fazer testes gerais de chassis para evolução da moto. Como o Ottobiano começou bem, queríamos ficar entre os 5 primeiros e conseguimos, 5º de 34! Também estávamos a pensar no top 3, na última ronda do campeonato em Viterbo ainda foi possível, só que terminei em 4º e em termos de pontos não conseguimos ultrapassar os da frente. Mas estamos muito satisfeitos com o andamento da temporada, com a forma como nos comportamos: me dei muito bem com o Max, a Vittoria, os mecânicos, mas no ano que vem queremos mais, queremos vencer!
Lembremos, terceiro ano neste campeonato.
Entrei lá com o TM, só para mergulhar e ver como era. No ano passado mudei para a Gazza Racing e terminei em 7º, este ano repeti com eles. Porém, 2022 foi um ano meio azarado, com muitos zeros por conta de quedas, mas ainda assim foi uma temporada de crescimento.
Vamos dar um passo atrás: Antonino Navarria, de onde vem a história da sua moto?
Tudo começa com meu pai, que corria cross-country. Quando ele se machucou e parou comecei a falar para ele que queria correr, em 2014 eu tinha 8 anos e ele me comprou uma minibike. Na verdade ele queria começar comigo quando eu tinha 4-5 anos, mas minha mãe tinha medo e sempre proibiu, disse não, até perder as esperanças. Demorou um pouco para começar, mas acreditamos e começamos com as minibikes.
Quando você começou a competir?
Depois de 2-3 anos, quando joguei no campeonato italiano. Depois passei para as motos com engrenagens, fiz MiniGP e PreMoto3, até passar para as motard em 2021.
Como aconteceu essa mudança de especialidade?
Tive alguns problemas com velocidade. Muitas provocações por parte das equipes e falava-se de orçamentos muito altos, então meu pai também ficou irritado. Em vez de ficarmos parados, mudamos para outra especialidade, também para esperar a idade certa para andar de 600.
Antonino Navarria, aqui está sua estreia no motard.
Eu já conhecia o ambiente porque alguns amigos corriam lá, me disseram que era divertido e o nível era alto. Sempre gostei, então resolvi experimentar e me senti confortável no ambiente. Depois de um ano mudei para a Gazza Racing, o nível continuou a subir e decidi cumprir o objetivo, ou seja, vencer. Mas eu nunca o abandonaria, gosto demais dele.

Como surgiu essa paixão pelo motard?
Não houve um episódio em particular. Praticamente ando lá desde sempre, foi treinar para o MiniGP, para o PreMoto3… Digamos que o 65, o 85 não são como os quatro e meio, que é sempre uma grande motard, mas houve muitos Moto3 pilotos que peguei na pista para treinar com a motard 450, então a ideia começou daí. Vi também que era uma categoria que estava crescendo cada vez mais, então entrei também.
Motard e velocidade, qual a especialidade mais divertida?
São duas emoções diferentes, ambas dão muita satisfação. Eu não pude escolher.
Ao mesmo tempo você também tem escola, o que você faz? Como você administra isso?
Eu estudo mecânica e mecatrônica. Antes eu estava em outro instituto técnico, mas os professores não me deram a mão, não consegui e perdi um ano na mudança, então estou no terceiro ano do ensino médio. Felizmente nesta escola eles me ajudam muito nas faltas, nos trabalhos de casa, nas dúvidas… Então consigo administrar bem. Até porque três meses de escola são estágios e faço na companhia do meu pai, então às vezes fico mais livre para ir treinar com a Gazza Racing. Vittoria então me dá as justificativas dos atletas, válidas mesmo que ultrapassem as faltas permitidas pela escola.
Não só isso: também existem outros projetos no setor de motocicletas, certo?
Também me dou a conhecer no local de trabalho. Graças ao Vittoria, no próximo ano seguirei alguns meninos para o Regional: meu pai e eu estamos formando uma “equipe pequena”, também da Gazza Racing, mas para o regional eu irei administrá-la. Terei 4-5 pilotos: vamos acompanhá-los nas corridas, vamos dar-lhes assistência e no sábado irei à pista com eles. Se não houver competições, talvez organizemos dias especificamente para outras crianças interessadas. Mas também estamos em contato com a Federação para ir a Roma fazer cursos para se tornar Técnico Federal. Também estou pensando no futuro, temos muitas cartas na mesa.
No curto prazo você terminou sua temporada de motos ou há algo mais?
Continuo treinando na academia, na bike… Fisicamente nunca paro! Em termos de competições, porém, tenho outra em outubro: me convocaram para o Troféu das Regiões, correrei pela Lombardia junto com Alessandro Costantino. Estamos prontos para jogar!
Antonino Navarria, quais são os planos para 2024? Só motard como nos últimos três anos, bicampeonato…?
Gosto muito do motard, então o que me for oferecido não deixo de lado. Se houver alguma possibilidade, mesmo que econômica, de voltar à velocidade, voltarei com prazer. Nasci lá, mas nunca abandonaria o motard. A única coisa foram algumas palavras com a Gazza Racing sobre a Moto3, não para ir a Espanha mas para um teste sem pretensões para já. Não toco nisso desde 2020, seria interessante!
Foto de : Gazza Racing