Quem já teve oportunidade de acompanhar a apresentação dos programas desportivos da Honda Motorsport para 2023 terá reparado quanto espaço foi expressamente reservado para o “avanço ecológico“. No (longo…) discurso introdutório de Shinji Aoyama, Diretor e Diretor Executivo, esta questão reafirmou a firme intenção da empresa de combinar seu compromisso com a corrida com a eco-sustentabilidade. Seja a entrada do Honda CR Electric no Motocross já em 2023 (com programas a definir), seja a adoção dos biocombustíveis para o MotoGP 2024. Com um teste já em curso nas últimas semanas e, ao mesmo tempo, também previsto um compromisso substancial com a Track Speed no 2023 All Japan Superbike.
O PONTO DE VIRAGEM ECO DA HONDA
“A Honda tem hoje mais uma missão fundamental a prosseguir na área do desporto motorizado“, disse Shinji Aoyama.Esta é a conquista da neutralidade do carbono. A Honda já realizou pesquisa e desenvolvimento de tecnologias neutras em carbono, explorando proativamente o campo do automobilismo. A partir de agora, intensificaremos ainda mais nossos esforços para colocar essas tecnologias em prática em nossas atividades de automobilismo.“. Depois das palavras, já passamos às ações, antecipando o compromisso de corrida do Honda CR Electric Motocross. “Além disso, começando pelas motocicletas, exploraremos as possibilidades de introduzir veículos eletrificados nas corridas reais em que competimos.“, concluiu Aoyama.
CON REPSOL E MARQUEZ PRIMO TEST BIOCOMBUSTÍVEL
Se o Honda Cross elétrico (presumivelmente no Japão) enfrentar logo as primeiras corridas, pelo avanço”eco” no MotoGP teremos que esperar por 2024. Em pouco mais de um ano, serão introduzidos pelo menos 40% de biocombustível, antecipando a transição para 100% de combustível sustentável a partir de 2027. Diante dessa transição, nas últimas semanas Marc Márquez enfrentou um curto teste da Repsol em Jarama aos comandos de uma Honda RC213V-S. Doze voltas concluídas, respostas e tempos encorajadores, mas sobretudo tendo dado à Honda e à Repsol um feedback inestimável sobre o desenvolvimento do biocombustível. Um primeiro lançamento, entre outras coisas, se espalhou com grande espaço e destaque durante a coletiva de imprensa dos programas do Motorsport 2023 nos últimos dias.
COMPROMISSO COM TODO O JAPÃO 2023
No MotoGP teremos de esperar por 2024, mas no All Japan Superbike (top class JSB1000) o biocombustível já é uma realidade para 2023. Biocombustível Renewablaze NIHON R100 fornecido pela ETS Racing Fuels, gasolina 100% sustentável e renovável. Com um custo muito elevado para o momento (1.500 ienes por litro, cerca de 10€), contudo despertando alguma (legítima) preocupação nas equipas envolvidas. As garantias vieram da própria japonesa Federmoto (MFJ) e do facto deste biocombustível ser desenvolvido em constante colaboração com os fabricantes envolvidos, incluindo a Suzuki (sim…) incluída.
HONDA FACTORY NELL’ALL JAPAN CON IL TEAM HRC?
A adoção do biocombustível na All Japan Superbike de 2023 pode levar a própria Honda a um retorno oficial. A partir de 2020, a Team HRC deixa de estar presente na JSB1000, focando-se exclusivamente nas 8 Horas de Suzuka. No entanto, nas últimas semanas, espalharam-se rumores de um retorno também ao All Japan, com a clara intenção de aproveitar a oportunidade também do ponto de vista de imagem, desenvolvimento e marketing. Além disso, a HRC desde então “colocar” dois de seus pilotos sob contrato: o 4 vezes vencedor das 8 horas de Suzuka Takumi Takahashi e o jovem Ryo Mizuno. Ambos, após um difícil período de dois anos 2021-2022, de fato não continuarão seu compromisso com o BSB.