Ver Jonathan Rea neste estado dói. No que durante anos foi o “sua” Misano, palco da sua primeira vitória na carreira no Campeonato do Mundo de Superbike (estamos a falar de 2009) e mais 7 sucessos a seguir nesta pista, ainda mais. Impalpável, irreconhecível, agora até com dores, graças ao hematoma no pulso e na mão esquerda, consequência da fuga assustadora na Corrida 1 na Curvone. A sua participação na Superpole Race e Race 2 de amanhã ainda está em dúvida, para JR65 é hora de lamber as feridas e fazer as devidas reflexões. O que não está funcionando em sua nova aventura na Yamaha?
SUPERBIKE PESADELO 2024
O 15º lugar na Superpole, nunca realisticamente incisivo em Misano desde a sessão inaugural de treinos livres, faz-nos pensar. Ainda mais considerando que, de fato, a situação não melhorou exatamente nas três rodadas anteriores. Até agora corremos em quatro pistas diametralmente opostas (Phillip Island, Montmelò, Assen e Misano), tendo como denominador comum Jonny, a sombra do canibal responsável pelos 6 títulos mundiais consecutivos. Algo não bate, principalmente depois dos testes de inverno onde, no primeiro contato com o R1, correu muito bem. Entre Jerez e Portimão, juntamente com o “habitual” Bautista e Razgatlioglu, entre os mais rápidos (se não os mais rápidos) em termos de consistência de desempenho. É verdade: ainda não houve corridas nestas duas pistas, mas entretanto ele ainda não desvendou o emaranhado de compreensão de uma moto que ainda não fez sua.
O QUE ESTÁ ERRADO
Os resultados e o desempenho estão claramente abaixo das suas próprias expectativas e das de uma equipa oficial como a Pata Yamaha Prometeon. A R1 não será a referência indiscutível da categoria este ano, mas Andrea Locatelli e um redescoberto Remy Gardner estão viajando. O Irlandês do Norte, de forma alguma, falando de um “Situação frustrante“. Quase sem explicação: empurra, empurra, espera uma resposta do cronômetro que na verdade não chega.
ENTENDENDO A SUPERBIKE R1
Como admitiu o próprio bicampeão das 8 Horas de Suzuka, o ponto forte do R1 continua sendo a velocidade nas curvas. Para maximizá-lo, é preciso ter muita aderência nos pneus, rodar forte nas curvas e, nesse ponto, pegar a moto rapidamente na saída (ele sempre teve um ótimo desempenho entre os derivados de série), consequentemente ganhando também velocidade máxima. Difícil até de relatar, quanto mais colocar em prática, principalmente se nem sempre você tem a aderência necessária. Rea também tentou mudar seu estilo de pilotagem, sem sucesso. Um processo que está demorando mais do que o esperado, tudo isso enquanto os adversários estão voando.
QUE FUTURO?
Ter Jonathan Rea na quinta fila não beneficia ninguém: o interessado e a própria Yamaha. O que resta é a confiança mútua para sair desta situação problemática num futuro próximo. Rumores malucos que gostariam que ele fizesse uma escolha”Aí Márquez“, casando com uma equipe cliente da Ducati para 2025, foram devolvidos ao remetente. Por outro lado, o hexacampeão mundial, a sua história fala por si, nunca fugiu das dificuldades na primeira oportunidade disponível.