Fala-se muito da possibilidade de em 2024 Andrea Iannone pilotar a Ducati Panigale V4 R da equipa Go Eleven no Mundial de Superbike. Isso significa que Phillip Oettl ficaria de fora da equipe de Gianni Ramello e teria que procurar outro alojamento.
O piloto alemão somou 56 pontos esta temporada e está em 15º na classificação geral, sendo o mais atrasado entre os que rodam com a moto de Bolonha. Obteve os melhores resultados na primeira ronda em Phillip Island, onde terminou em 6º na Corrida da Superpole e em 5º na Corrida 2. Depois nas mangas longas só alcançou o top 10 em duas ocasiões (9º na Corrida 2 em Misano e 10º na Corrida 2 em Donington). A equipe esperava algo melhor em seu segundo ano juntos.
Superbike, futuro incerto para Oettl
Oettl sabe que corre o risco de ficar fora do grid da Superbike em 2023 e sabe bem disso: “Minha situação não é simples – ele disse ao Speedweek – porque posso ser rápido e tenho consciência disso, mas também tenho que ir direto ao ponto. Outros pilotos teriam outra chance depois de um ano como este, mas duvido muito que consiga. Não tenho escolha a não ser dar o meu melhor nas próximas corridas e ver o que acontece“.
O piloto alemão acha que não recebe o mesmo tratamento e a mesma consideração dos outros colegas: “Eu não tenho o status dos outros. Também dei tudo de mim com a Kawasaki no World Supersport e consegui alguns pódios. No entanto, não sou considerado um Lecuona. Ele certamente não é muito melhor do que eu e pode voltar à MotoGP. Não tenho apoio para passar por um ano ruim. Os tchecos, por exemplo, fazem de tudo para ter seu próprio piloto“.
Voltar ao Mundial de Supersport?
Oettl passou dois anos com a equipe Go Eleven e provavelmente não será confirmado. Ele sabe que suas chances de ter uma boa sela no SBK em 2024 são mínimas, por isso também está aberto a um possível retorno ao Supersport: “Não excluo nada. Mas estou bastante desapontado com a forma como as coisas têm ido até agora. Sou muito autocrítica, mas também vejo meu potencial. No Campeonato do Mundo de Supersport fui rápido, ainda que no meu segundo ano não tivesse a moto ideal. Vamos ver o que acontece durante o intervalo, talvez outras portas se abram“.
O bávaro de 27 anos correu em SSP em 2020 e 2021 com a Kawasaki Puccetti Racing Team. No total conquistou 11 pódios em 38 corridas, terminando em 3º no primeiro ano e 5º no segundo ano na classificação geral. Ele mostrou que pode ser forte na categoria e com uma boa moto pode dar o que falar em 2024.
Foto: equipe Go Eleven