Nos testes de inverno da classe de MotoGP Luca Marini destacou-se de imediato com excelentes tempos por volta, estabelecendo a melhor volta tanto em Valência como em Sepang. Durante o fim-de-semana de Portimão não cumpriu o prometido na Ducati Desmosedici GP22, conquistando um 9º lugar na qualificação e três quedas, na última sessão de treinos livres, no Sprint e na corrida.
O acidente no MotoGP Sprint
No MotoGP Sprint perdeu a frente da sua Ducati na curva 5 antes de tocar Enea Bastianini numa tentativa de ultrapassagem. O acidente custou ao piloto da equipe de fábrica uma fratura exposta da escápula, enquanto o piloto do VR46 conseguiu reiniciar após se recuperar de uma segunda queda. Para contar a história, ele foi com o chefe da equipe, Pablo Nieto, visitar a Enea para se desculpar. “Um pesadelo. Não tenho palavras, a queda foi inesperada“, comentou o irmão de Valentino Rossi. “Eu estava muito lento, na minha posição e não lutando para ganhar ou perder nada. Estava apenas a tentar terminar a corrida mas perdi a frente de uma forma muito estranha, algo que nunca me aconteceu com uma Ducati no MotoGP“.
Luca Marini em Termas para redenção
O 4º lugar no FP2 antecipou muitas outras atuações, mas a partir de sábado perdeu o feeling com a frente, encontrando problemas nas travagens e entrada em curva. Os pontos fortes registrados nos testes desapareceram incrivelmente quando a nova temporada da MotoGP começou a ficar séria. Uma primeira queda o levou no FP3 e a moto remedia alguns danos sem perceber. Problemas que continuaram mesmo nos dez minutos de aquecimento, com superaquecimento do pneu traseiro e sem que houvesse tempo para buscar as contramedidas necessárias. “Em 10 minutos você não tem tempo de testar duas motos. Teremos outro GP em breve e estou feliz porque quero voltar à moto para experimentar boas sensações. Ficou claro que algo estava errado, eu estava muito lento“.
Foto: MotoGP.com