Um começo difícil, mais do que o esperado. Romano Fenati não brilhou nestes dois primeiros dias em Portimão, ao contrário das boas sensações encontradas nos testes de Moto3 antes da largada. Sem problemas técnicos, mas definitivamente faltava algo para o experiente piloto de Ascoli e sua Honda. No final, sua classificação terminou com a 11ª colocação no Q1, que traduzido significa 25ª box, o pior italiano do grid. Será necessário trazer à tona toda a garra já vista no passado, um argumento válido também para o companheiro de box Matteo Bertelle, logo na saída do Q2 e 19º no grid amanhã.
O ponto delicado é que não haverá aquecimento para corrigir quaisquer problemas. Não parecem ser muitos para o piloto veneziano, como referi, uma história diferente para Fenati, a quem talvez a pré-corrida tivesse dado uma mão… Mas temos de nos adaptar ao novo formato e lançar nossas garras na corrida para recuperar o terreno perdido. São 20 voltas marcadas numa Moto3 sempre muito disputada e cheia de incógnitas, como também vimos na qualificação. Como os dois garotos Snipers se sairão? Encontro amanhã às 12:00, horário da Itália, para ver como será a primeira corrida de 2023.
Romano Fenati, em busca do caminho certo
“Estamos muito satisfeitos com Matteo, ele por pouco não conseguiu lutar por uma posição melhor no grid amanhã” sublinhou o chefe Mirko Cecchini. A referência é justamente ao Q2 perdido por cerca de um décimo. Depois, há o outro lado da caixa para consertar: “Estamos trabalhando para entender e melhorar com o Romano. Estamos tentando várias modificações na moto, temos que encontrar o caminho certo.” O chefe da equipe Snipers havia nos confessado que não era muito fã do novo formato, principalmente pela importância do aquecimento da manhã de domingo para as classes menores.
Como mencionado, apenas 10 minutos poderiam dar uma mão a um Romano Fenati que apareceu em mais dificuldade do que o esperado. Seus números na Moto3 são incríveis, ninguém como ele, mas esse reinício na categoria parece mais difícil, apesar dos últimos testes oficiais. “Lutei mais que nos testes” admitiu Fenati. “Sinto falta da aderência com a moto que ganhei nesses dias. Tanto a equipe quanto eu estamos tentando fazer alguns testes para entender o que estamos perdendo”. A corrida, principalmente na Moto3, é sempre outra história: veremos se o #55 consegue raspar neste primeiro GP do ano.
Foto: Equipe Sniper