Em menos de duas semanas, o MotoGP estará de volta aos palcos do circuito de Silverstone, onde poderão surgir as primeiras certezas do mercado de pilotos. Nas últimas semanas, longe dos holofotes da mídia, as negociações têm sido tecidas de forma bastante apertada, com o rebus de Marc Márquez que continua segurando a quadra. O anúncio quase confirmado de Alex Rins na Yamaha pode chegar em breve, onde ele se juntará a Fabio Quartararo.
Marc Márquez e Honda juntos novamente
Quase todos os pilotos estão de férias, Luca Marini aproveitou para se casar com Marta Vincenzi. Mas os fabricantes estão trabalhando para consertar cada peça do quebra-cabeça em vista da próxima temporada de MotoGP. Não há grandes alternativas para Marc Marquez após o não da Ktm para 2024. Houve conversas, o oito vezes campeão mundial pretende mudar de ideia após os últimos quatro anos extremamente complicados, mas um possível acordo não seria possível antes de 2025. Certamente seu talento continua indiscutível, mas com os recentes progressos na aerodinâmica ele também terá que mudar seu estilo de pilotagem se quiser pensar em alcançar seu nono título mundial. Também por isso cai com tanta frequência e entretanto os jovens pilotos começam a esculpir os seus momentos de glória em detrimento do velho rei. Tudo indica que Marc respeitará o contrato com a Honda que termina no final do ano que vem.
Rins-Yamaha acabou
Falta apenas a assinatura, já que nas últimas semanas passou entre hospitais e reabilitação. Alex Rins vai ingressar na Yamaha na temporada de 2024, aproveitando um tecnicismo legal que lhe permite trocar a LCR Honda por uma equipe de fábrica sem problemas. Ele não estará em Silverstone no início de agosto, quase certamente o veremos novamente duas semanas depois na Áustria. Até lá, o anúncio será oficializado e a antiga Suzuki poderá beneficiar de maiores garantias técnicas e económicas.
Pilotos na órbita da Ducati
Apesar dos problemas do Honda RC-V, o selim LCR também permanece altamente cobiçado. Entre os nomes do caderno estaria também o de Franco Morbidelli, que só pode esperar que a equipe satélite de Lucio Cecchinello ou a Gresini Racing permaneçam na categoria rainha. A hipótese de um pouso na equipe Mooney VR46 se esvaiu: Marco Bezzecchi continua na equipe dirigida por Alessio Salucci com uma Ducati de fábrica. Fabio Di Gannantonio não será reconfirmado pela equipa de Nadia Gresini e para ele as portas do MotoGP talvez se fechem para sempre. Em Gresini também estão avaliando a hipótese de Tony Arbolino que está brilhando no MotoGP e cujo empresário Carlo Pernat está fazendo de tudo para permitir que ele salte para a Master Class.
KTM quer Pedro Acosta
A KTM tentou cortejar a equipa satélite LCR, mas Cecchinello admitiu que quer respeitar o contrato com a Honda até ao final do próximo ano. Depois veremos… Entretanto, o fabricante austríaco poderá “estacionar” Augusto Fernandez na LCR, de forma a libertar um lugar para Pedro Acosta na equipa GasGas Tech3. Pol Espargaró regressa de uma lesão grave e não se pode descartar que depois de alguns Grandes Prémios possa desistir e terminar a sua carreira como piloto de MotoGP.
Jonathan Rea a esplêndida biografia: “In Testa” disponível na Amazon