O mercado de pilotos de MotoGP pode reservar mais surpresas do que o esperado. Não apenas a questão Franco Morbidelli-Yamaha será objeto de discussão, mas algumas cláusulas de rescisão podem reservar grandes surpresas. Entre estes Alex Rins e Miguel Oliveira, sem contar que a má disposição de Marc Márquez pode levar a um divórcio no final da temporada. A essa altura, uma autêntica e inesperada revolução pode acontecer no quadro da categoria rainha.
Yamaha está à procura de um segundo atacante
Com a grande maioria dos contratos de pilotos expirando no final de 2024, todos esperavam um verão bastante tranquilo. Em vez disso, após o fim de semana em Sachsenring, rumores e indiscrições começaram a atingir frequências inesperadas. Alex Rins nunca escondeu um certo descontentamento com o fato de não ter se juntado à equipe de fábrica e com a demora com que as atualizações chegam à caixa da LCR. Agora o ex-Suzuki está associado à equipe Monster Energy Yamaha ao lado de Fabio Quartararo, caso ele perca a renovação com Morbidelli. Não há dúvidas, porém, sobre o campeão francês, que de qualquer forma seguirá com a montadora de Iwata até o final do próximo campeonato de MotoGP.
Lin Jarvis, CEO da Yamaha Motor Racing, esteve ausente na Saxónia, mas sempre reiterou que quer chegar às férias de verão com ideias claras sobre 2024. Franco Morbidelli parece ansioso por se juntar à equipa Mooney VR46 de Valentino Rossi, onde teria uma Ducati Desmosedici. Mas Marco Bezzecchi precisa pular para a Pramac no lugar de Johann Zarco: uma manobra difícil que exige tempo e conversas, com o ítalo-brasileiro que certamente também deve cortar uma boa fatia de seu salário. Não importa se os resultados virão…
KTM pede cinco motos na MotoGP
Há também um certo fermento na KTM. A equipa satélite deverá continuar com Pol Espargaró e o estreante Augusto Fernandez, que tem mostrado ter um bom potencial. Mas precisamos abrir espaço para o super talentoso Pedro Acosta, já vencedor de quatro das sete corridas da Moto2. O grupo Pierer solicitou uma posição inicial para a equipe Red Bull-Ajo-KTM, mas a Dorna ainda não respondeu. “A Ducati tem oito assentos; por que não podemos levar cinco“, disse o gerente da equipe, Francesco Guidotti. Não se pode descartar que Augusto Fernandez seja cortejado pela equipe Gresini Racing ao liberar o selim de Acosta.
‘Diggia’ em dúvida, hipótese de Márquez
O cantinho do time de Nadia Gresini está se tornando muito cobiçado. Alex Marquez também será reconfirmado para o próximo ano, enquanto a sela de Fabio Di Giannantonio está instável. Os italianos estão de olho no candidato ao título da Moto2, Tony Arbolino, mas também mostram interesse em Pedro Acosta. As equipas que certamente não sofrerão alterações são a Aprilia Racing (Aleix Espargaró, Vinales), a Red Bull KTM (Brad Binder, Jack Miller) e a Lenovo Ducati (Francesco Bagnaia, Enea Bastianini).
Tudo está aberto na Honda. Jorge Lorenzo pilotou o RC-V por apenas um ano antes de se despedir da MotoGP. Joan Mir já está cansado de não conseguir resultados e de sofrer lesões. Além disso, Marc Marquez e seu empresário Jimmy Martinez estão começando a pensar em como antecipar o encerramento do contrato sem muitos prejuízos econômicos. Há três anos que o campeão de Cervera pede uma moto vencedora, mas os técnicos da HRC não conseguem satisfazer os seus pedidos. E o que aconteceu na Saxônia ainda vai ecoar por muito tempo…
Foto: MotoGP.com