Enquanto Jorge Lorenzo continua suas férias em Bali, Dazn continua transmitindo novos episódios da série ‘Cuatro Tiempos’. Novos antecedentes emergem das histórias do antigo piloto de MotoGP, tricampeão do mundo na categoria rainha, escrevendo algumas das páginas mais emocionantes da história do campeonato do mundo. Foi uma época diferente, onde o piloto fazia muita diferença e era a essência da competição. O avanço da tecnologia trouxe mais igualdade para a categoria, hoje o que faz a diferença são os detalhes, os décimos de segundo, a sensação com os pneus.
MotoGP Contemporâneo
Jorge Lorenzo, um dos nostálgicos do MotoGP de outrora, fará uma comparação lúcida. “Antes, o piloto tinha maior percentual de mérito e fazia mais diferença. Agora você tem dez pilotos em quatro décimos. Não acho que existam dez pilotos idênticos em meio segundo com motos diferentes“. Uma tese que Alex Crivillè também confirma, segundo a qual os protótipos de hoje são mais fáceis de pilotar do que antes, graças à inclusão de muita eletrônica e aerodinâmica. Uma evolução focada em um único objetivo: ter maior velocidade e potência. Para o maiorquino, seria apropriado eliminar definitivamente a aerodinâmica e “em termos de segurança, considere a velocidade com seriedade. Porque se as motos chegam a 365 km/h…Tem que avaliar se deixa a liberdade de chegar a 400 por hora, menos rotações, menos cilindrada…“.
oscilações do mercado
Não apenas regulamentos e comparações entre o passado e o presente. Jorge Lorenzo revela outros antecedentes da sua carreira, notícias conhecidas mas nunca confirmadas. Como a amargura por ter deixado a marca Ducati e a posterior mudança para a Honda, onde terminou a sua carreira. “Em 2009, eu estava prestes a assinar pela Honda e pela Ducati. Estive muito próximo da Ducati devido aos problemas de saúde do Stoner. No final, escolhi bem e no ano seguinte comecei a ganhar com a Yamaha. E então, se eu tivesse vencido a corrida de Mugello duas semanas antes, talvez tivesse conquistado outro título com a Ducati e agora ainda estaria na corrida“. No final de 2019 demitiu-se no final de uma temporada marcada por lesões (especialmente a de Assen) e resultados decepcionantes, numa RC213V que só Marc Márquez soube levar ao limite.
A criosauna no caminhão
Entre os antecedentes mais interessantes contados por Jorge Lorenzo está certamente o referente a 2015 e que nem todos conhecem. Foi a temporada de confronto direto com Valentino Rossi, sancionado após os eventos de Sepang e forçado a largar da última linha na corrida decisiva em Valência. “Eu fiz um caminhão muito grande. Tinha uma jacuzzi no andar de cima e depois na suíte uma criosauna. Terminados os testes, entrei no frio a -180ºC. Em 2015 ganhei com a criosauna – concluiu a ‘Legenda do MotoGP’ -. Eu fiz isso silenciosamente, para que ninguém soubesse do meu segredo“.
Foto: Instagram @jorgelorenzo99