Há uma certa emoção no box da HRC na véspera do GP de Silverstone. Alex Rins anunciou a sua passagem para a Yamaha a partir da próxima época do MotoGP, Marc Márquez quer perceber o que os homens da Honda fizeram durante as férias de verão para melhorar a RC213V. Por fim, o futuro do múltiplo campeão de Cervera permanece pendente: ele correrá mais um ano com o Asa de Ouro?
O retorno após a tempestade
Marc Marquez enfrenta uma decisão difícil. Ele deve enfrentar mais uma temporada com a Honda, já que a KTM não pode conseguir uma vaga dele tão cedo. Nos últimos dois Grandes Prêmios em Sachsenring e Assen ele decidiu não participar da corrida principal porque se sentia exausto após as muitas quedas (5 vezes no GP da Alemanha em 40 horas). Na Holanda, ele ainda tinha um tornozelo torcido, um dedo quebrado, uma costela dolorida. De fato, durante o fim de semana holandês, ele também admitiu que precisava de uma pausa não apenas para voltar à forma física, mas também para se recuperar mentalmente. Em outras palavras, a confiança do piloto de Cervera quebrou, mas a malha do mercado está muito apertada para procurar uma saída.
As hipóteses sobre a mesa
Durante as férias de verão Marc Márquez refletiu sobre o presente e o futuro, até tentou bater à porta da KTM, sem encontrar aberturas. A contratação só é possível dentro de um ano tendo em vista a temporada de MotoGP de 2025. Os resultados são muito decepcionantes: após oito Grandes Prêmios ele tem zero pontos nas provas de domingo, caiu três vezes e perdeu várias corridas após a lesão em Portimão. 19º na classificação com apenas 5 pontos, ele só tem duas ou três possibilidades na tabela: respeitar o contrato com a Honda, se aposentar ou tirar um ano de folga. Confirmando que muita coisa está acontecendo, Alberto Puig (chefe da equipe) e Koji Watanabe (presidente da HRC) declararam no final de junho: “Não forçaremos nenhum piloto a ficar”.
O teste de MotoGP em Misano
De qualquer forma, uma saída de Márquez teria consequências devastadoras para a Honda. Alex Rins já está oficialmente cheio de malas para montar na Yamaha M1. Nesse ponto, Nakagami subiria para a equipe de fábrica ao lado de Joan Mir. Em Silverstone, o oito vezes campeão mundial pode acabar definitivamente com as conjecturas sobre ele ou deixar tudo pendente. O fato é que a Honda falhou com o chassi Kalex e ficou para trás tanto em termos de aerodinâmica quanto de eletrônica, além de acusar entrega de potência muito agressiva. Será a prova de Misano, a 11 de setembro, que esclarecerá as ideias do campeão: nessa ocasião vai provar o protótipo de 2024 na sua fase embrionária.