Alex Márquez regressou a Espanha a sorrir após a primeira prova de MotoGP de 2023. Fechou os três dias da Malásia no 9.º lugar da classificação combinada, à frente do irmão Marc Márquez. Mas mais do que a posição final, é o sentimento com a Ducati Desmosedici GP22 que o deixa feliz, depois de três anos muito complicados aos comandos da Honda (onde os problemas continuam). À espera de aterrar em Portimão nos dias 11 e 12 de março, o piloto da equipa Gresini Racing vai continuar a preparação de inverno com mais estímulos e vontade de recomeçar.
Alex Márquez e Ducati em crescendo
Nos três dias de testes, Irta sempre melhorou seu desempenho na Ducati, uma história completamente diferente em comparação com a RC213V. Ele não deixa de tirar algumas pedrinhas de sua bota: “Eu não estou surpreso em vê-lo atrás (Marcos, ed.). Sei muito bem que a Honda renovou parte da equipa, mas os problemas não se resolvem num piscar de olhos“. O mais novo dos irmãos Marquez define “muito positivo” o que foi feito em Sepang, tanto pelos tempos de volta quanto pela confiança crescente com a Desmosedici. “Ainda não cheguei a 100% na moto, tem alguns movimentos que espero poder fazer diferente, porque o caráter da moto é muito diferente (da Honda, ed)”, disse ele aos microfones de Dazn.
Novo capítulo no MotoGP
A harmonia com a nova equipa satélite é boa, o ambiente familiar servirá para lhe devolver a serenidade que vinha perdendo. A equipe de Lucio Cecchinello sempre esteve muito próxima dele, mas nunca chegou nenhuma ajuda técnica da matriz japonesa, principalmente na última temporada de MotoGP. “A equipe e eu estamos nos conhecendo dia após dia. Foi o primeiro banco de ensaio real. Valência foi uma amostra, mas muito curta. É a primeira prova de verdade, pena que choveu no sábado. Gosto de trabalhar, que me digam as coisas com clareza. Sinto-me bem, mesmo com a Ducati, isso é importante para um piloto. Não me sinto assim desde o primeiro ano. Não tenho nada a censurar nas boxes, já disse que sempre houve um excelente ambiente na Equipa LCR, ainda que os resultados não tenham sido os melhores. Mas estar confortável na moto torna tudo mais fácil”.
O difícil período de três anos para a Honda
O período de três anos da Honda arriscou enterrar o que foi feito nos anos anteriores. Não esqueçamos que Alex Marquez conquistou dois títulos mundiais, ganhou o salto para o MotoGP com vitórias. Pena que o RC-V não conseguiu dar o que precisava para demonstrar seu potencial. Com a Ducati começa um novo desafio, um capítulo importante da sua carreira, onde tudo se joga. Acima de tudo, ele terá que ajudá-lo a esquecer as últimas três temporadas monótonas. “Honestamente, recebi muitas críticas e muitas pessoas duvidaram de mim. Tive que pegar a melhor moto para tentar provar a mim mesmo que ainda sou rápido. Às vezes, quando você está em uma situação difícil como eu estava no ano passado, você tem dúvidas. Achei que não, mas na época era assim“.
Foto: MotoGP.com