O título de um filme lançado em 2004 reflete bem a segunda parte de 2022 vivida por Celestino Vietti. Um ano realmente difícil de explicar: os primeiros triunfos, os pódios, a liderança do campeonato mundial, para depois ter uma série incompreensível de acidentes. Ele parecia ser o grande protagonista italiano da classe média, também capaz de almejar o título, mas terminou com um triste 7º lugar, 107 pontos atrás do campeão Fernandez. Algo claramente não funcionou, o que esperar da Copa do Mundo de 2023? Veremos o que a pista nos dirá, há muitos pilotos promissores…
início estelar
Podemos definitivamente chamá-lo de um começo com um estrondo. Aliás, Celestino Vietti começou logo a brilhar, batendo a concorrência nos primeiros GPs de 2022. Duas vitórias e um segundo lugar à partida foram uma injeção de confiança muito boa. Segue-se um erro, mas Vietti volta ao pódio na 5ª jornada do ano. Parece assim que o piloto italiano está totalmente carregado, muito determinado a ser um grande protagonista na sua segunda época de Moto2. Seguiram-se algumas corridas mais ou menos, em Mugello houve um infeliz abandono devido a problemas mecânicos, na Catalunha voltou a brilhar com uma nova vitória importante. Infelizmente, porém, será seu último pódio e ainda faltam 11 eventos sazonais…
Recolhimento vertical
Na verdade, algo começa a ranger, parece que Vietti perdeu o entusiasmo que o animou na primeira parte do campeonato. Porém, o verdadeiro desastre começou com o Grande Prêmio da Áustria, quando chegou o 4º zero de sua temporada. Supomos um engate isolado como antes, portanto, esperamos a recuperação imediata. Em vez disso, será apenas o primeiro de uma longa série que o distanciará definitivamente da luta pelo título, até mesmo do pódio mundial. De facto, depois da queda no Red Bull Ring seguir-se-ão mais cinco, nos dois GPs que concluiu ter acumulado apenas 9 pontos no total. Um ano que começou muito bem, mas terminou da pior maneira, com um acidente atrás do outro.
Vietti, 2023 de renascimento?
É difícil dizer para onde o próximo ano pode ir. Não sabemos o que pode passar pela cabeça de um piloto depois de uma temporada tão ‘extrema’, mas certamente há trabalho a ser feito. Vietti mostrou que pode ser protagonista, mas nove quedas em 20 GPs foram demais. Em suma, é necessário um reset quase completo antes de aparecer na linha de partida para o novo ano da Moto2. Ele e Tony Arbolino são as esperanças do italiano na categoria, mas ele registrou uma temporada diametralmente oposta à do compatriota. Vietti voltará a dar sua opinião sobre o campeonato mundial? Talvez sim, talvez não. Mas, como vimos muitas vezes, cada temporada tem sua própria história diferente.
Crédito da foto: motogp.com