Ainda não estamos na metade da temporada, mas, devido às longas férias de verão, é hora de fazer um balanço. Na Moto2 os valores já aparecem bastante claros, com dois nomes principais acima de tudo. Tony Arbolino e Pedro Acosta foram claramente os melhores nos primeiros 8 GPs da temporada de 2023. No entanto, com o espanhol a ter de lidar com o seu erro em Le Mans, ainda que mais tarde tenha recuperado do italiano. Mas serão apenas Arbolino e Acosta os candidatos ao título mundial? Não é certo: citamos sobretudo Jake Dixon e Alonso Lopez, primeiros perseguidores da dupla no comando, ou um revitalizado Ai Ogura, ainda que muito distante devido aos seus problemas físicos. Mas com 12 GPs ainda pela frente, pode haver muitas surpresas.
Arbolino, constância como líder
Você esperava tão alto? Alguns dirão que sim e outros dirão que não, mas basta olhar para o final da temporada de 2022 para entender que os sinais já estavam aí. Tony Arbolino retomou esse caminho e vem crescendo, seus resultados até agora falam por si. Uma consistência invejável: em 8 GPs tem um 7º lugar como seu pior resultado, depois se destacam duas vitórias, mais quatro pódios e um 4º lugar. Isso explica porque o piloto da Marc VDS saiu de férias como líder da classificação da Moto2. Certamente nos últimos GPs lutou um pouco mais, às vezes até acusando o ritmo de Acosta, mas Arbolino logo se colocou como um adversário formidável. Também não faltam sirenes de MotoGP, confirmou o seu empresário Carlo Pernat, mas primeiro fique de olho no Moto2. Um título mundial seria o melhor cartão de visita e o piloto da Lombard é um sério candidato.
Acosta, retorno do tubarão
No balanço, a única mancha até agora é o erro inesperado no GP da França, quando perseguia Arbolino na fuga. Não surpreendentemente, Pedro Acosta há muito era considerado o grande favorito à coroa da Moto2. Já foi no ano passado, mas o espanhol precisou de um período de adaptação, para somar uma lesão que complicou parcialmente a situação. Este ano, como previsto, ele apareceu logo, mas teve que lidar com o já citado Arbolino, que logo se revelou o grande rival. É uma pena que o confronto na pista só tenha sido visto em Austin, mas faltam mais 12 GPs para ter outras reprises do duelo entre os grandes favoritos ao título da Moto2. Acosta também tem um roteiro invejável: quatro vitórias e outros dois pódios, com as “falhas” do 12º lugar na Argentina e a queda na França. Mas foi para o intervalo apenas 8 pontos atrás do rival, o prelúdio de um duelo acalorado de Silverstone até o final da temporada. Claramente, seria o melhor aterrissar na MotoGP como campeão em título…
E os outros?
Mencionamos os dois grandes protagonistas até agora, mas temos certeza de que serão apenas eles? Jake Dixon, já crescendo fortemente em 2022, conquistou sua primeira vitória e não é bem um resultado aleatório. O ex BSB é cada vez mais protagonista no Moto2 e cerca de trinta pontos, com 12 GPs ainda por disputar, não são mesmo uma lacuna intransponível. E quanto a Alonso Lopez então? Talvez faltou ao porta-estandarte carro-chefe do Speed Up aquele pouquinho mais visto em 2022, mas tem muito tempo para se recuperar e diminuir a diferença, claro Arbolino e Acosta permitindo… Também não deve ser subestimado o atual vice-campeão Ai Ogura . A lesão no pulso antes dos testes de inverno condicionou-o fortemente, mas em Assen vimos os sinais da esperada mudança de rumo: está muito longe na classificação geral, mas vamos ficar de olho nele na segunda parte da temporada. Qual outro nome? No momento é bastante difícil, até agora são poucos os que demonstraram certa constância. Mas como mencionado, ainda faltam 12 GPs, há tempo para surpresas.
Arbolino vs Acosta e… A classificação
1. Tony Arbolino – Elf Marc VDS Racing Team – 148 pontos
2. Pedro Acosta – Red Bull KTM Ajo – 140 pontos
3. Jake Dixon – GASGAS Aspar Team – 104 pontos
4. Alonso Lopez – Equipe SpeedUp – 92 pontos
5. Aron Canet – Pons Wegow HP40 – 76 pontos
6. Filip Salac – QJMOTOR Gresini – 72 pontos
7. Somkiat Chantra – IDEMITSU Honda Team Asia – 59 pontos
8. Sam Lowes – Elf Marc VDS Racing Team – 58 pontos
9. Manuel Gonzalez – Correio Pré-Pago Yamaha VR46 Master Camp – 52 pontos
10. Celestino Vietti – Fantic Racing – 51 pontos
Crédito da foto: motogp.com