A introdução do sistema de reabastecimento único não deve ser a única grande mudança regulatória do Campeonato Mundial de Endurance FIM EWC 2023. A partir da próxima temporada, pode ser introduzida uma mudança destinada, se quisermos, a distorcer levemente o conceito de “corrida de resistência“. Ainda não oficial (e definido), a partir do ano que vem as equipes devem ser autorizadas a substituir o motor em caso de problema encontrado na corrida.
CONCEITO DE CORRIDAS DE ENDURANCE
Para todos os efeitos, isso representaria uma verdadeira revolução para o FIM EWC. Por regulamento, qualquer tipo de reparação ou intervenção em motos na sequência de quedas e/ou problemas técnicos é atualmente permitido durante uma corrida (8 ou 24 horas). Todos concedidos, exceto a substituição do quadro e do motor.
MUDAR MOTOR
No entanto, graças à evolução da especialidade, está sendo avaliada a possibilidade de permitir que as equipes substituam o motor durante a corrida em caso de problemas. Um problema que surgiu no recente Bol d’Or quando, após as primeiras horas de corrida, a grande maioria das equipes oficiais havia encontrado problemas relacionados aos próprios motores. Basta pensar em Yoshimura SERT Motul Suzuki, fora do jogo após apenas 1 hora e 5 minutos de corrida devido a um problema no motor, sem a possibilidade de retomar a pista.
FALA SOBRE ISSO EM AMBIENTES DE ENDURANCE
A mudança de motor na corrida poderia, portanto, permitir que as equipes voltassem à corrida, embora pagando claramente o dever em termos de tempo para a substituição do mesmo. No papel, aqueles que tivessem uma falha de motor, portanto, não se encontrariam na corrida pela vitória, mas pelo menos poderiam honrar o compromisso retornando ao jogo e ganhando alguns pontos para a classificação do campeonato. Claramente, se aproveitaria a unidade montada na segunda bicicleta (a T-Bike), devidamente carimbada e verificada pelos comissários com antecedência.
OK PARA SUBSTITUIR O CÁRTER
Para já é certo que a partir de 2023 será permitida a substituição do cárter durante a prova. A substituição do motor completo será discutida novamente nas próximas reuniões da Comissão de Corridas de Estrada da FIM. Uma mudança que, com certeza, causará discussão, por premissas destinadas a mudar o próprio conceito, essência e filosofia das corridas de enduro de motos.