Para um Marquez desapontado, há quem sorria. Alex Marquez na verdade, ele deixou a LCR Honda para a Gresini Ducati, partindo para uma aventura totalmente nova. Pode ter sido apenas um dia de testes em Valência, mas as palavras do piloto de Cervera deixam poucas dúvidas. Primeiras sensações muito positivas pilotando a Desmosedici 2022, a usada por Bagnaia e Miller este ano, agora disponível para a equipe de Nadia Padovani. Com o apoio máximo da Ducati apesar da equipa satélite, um facto que Marquez sublinhou e apreciou particularmente. A condição ideal, portanto, para quem pretende se redimir, dando-se uma espécie de ‘última chance’ no MotoGP. Quem sabe se o #93 não começará a sentir alguma ‘inveja’ em relação ao irmão mais novo…
“prefiro um desses”
Atrás do difícil GP de Valência (17º com queda num fim-de-semana desastroso para a Honda). Alex Marquez não esperou nem 48 horas pela sua primeira saída como piloto do denso exército da Ducati. Para ele o último 15º tempo com 73 voltas na súmula, mas o objetivo, como para todo o grid, não foi a busca pelo tempo da volta voadora. A jornada com o D16 começou oficialmente. “Desde a primeira saída senti-me bem, embora ainda tenha de me adaptar. Sentimos falta de um dia na sela” apontou Márquez. Mas acrescentando isso “Já sabemos que é uma moto competitiva, doce e fácil de manusear, além de potente. Mas tudo parecia bastante natural com o meu estilo de condução. Tínhamos apenas uma moto e tive que tomar cuidado, mas prefiro uma dessas…” O novo piloto Gresini não terminou a frase, nem pode fazer comparações estando ainda ligado à Honda, e por isso limitou-se a um “É tudo diferente.” Mas ele certamente parecia muito mais feliz, a motivação certa já está voltando. Aquele que ele mesmo disse ter perdido nesta última temporada com as cores da Honda. Diante dos resultados do HRC em geral, também foi difícil…
Marc Marquez ‘geloso’?
Não faltou comparação com outros caras da Ducati para ter uma ideia melhor da situação. Para ele já existe uma boa mudança em termos de aderência, um dos muitos problemas do RC-V, ou de travagem. Além do gerenciamento de energia: “Eu esperava que fosse bastante agressivo, mas é fácil de gerenciar. Ajuda muito em termos de consistência.” Alvos? “Não estou dizendo lutar pelo título, não seria verdade. Na pré-temporada é importante criar um bom ponto de partida para Portimão, com esta moto só temos que pensar em encontrar a sensação certa.” Mas a ‘sensação certa’ já existe com a Gresini e não apenas para a atmosfera. “Na hospitalidade a comida é ótima! Se eu soubesse antes, também iria lá tomar café da manhã” admitiu o motorista catalão. Marc Márquez ficará ‘ciumento’? Claro, ele estava longe de estar satisfeito com o primeiro teste de 2023 e claramente convidou a Honda a fazer muito mais. Para Alex Márquez, como ele próprio disse, pode ser o último cartão a provar que também pode ir bem no MotoGP. Sem expectativas no momento, mas as condições são muito boas.
Foto: Gresini Racing