Que ano para Alvaro Bautista e Ducati, no topo do mundo em Superbike. O 15º campeão de vermelho na classe rainha dos derivados de fábrica, mas estamos a falar de algo que não acontecia desde 2011 com o único campeão espanhol de SBK com os encarnados, Carlos Checa. Pelo menos até este ano, quando o talavera de la Reina, de 37 anos, e a marca italiana se deram uma segunda chance. Sabemos o resultado, é um 2022 de muita festa para a combinação redescoberta.
Pressão para 2023? Álvaro Bautista garante que não e explica porquê. “Estou velho e em uma certa idade você sente menos pressão” declarou o campeão espanhol com um sorriso. De facto, dois campeões: antes do mundial de Superbike houve o de 125cc em 2006. Mas como já referimos, o resultado obtido este ano não cria particular empolgação, nem vai mudar a sua forma de encarar as rondas mundiais. “No final começamos todos do zero, estaremos ao mesmo nível” Bautista sublinhou. “Tentamos construir a temporada, buscando sempre fazer o nosso melhor e cometer o mínimo de erros possível. Se ele ganhou ou não, não vai mudar nada.”
A hipótese do wild card da MotoGP, um retorno do campeão mundial de 2022, é alvo de rumores há algum tempo. “Você é o campeão, pode pedir o que quiser” brincou Bagnaia com o colega. Bautista em certo sentido confirma a ideia, mas com uma ressalva. “Conversamos sobre isso com Gigi e Claudio, claro que gostaria de dar uma volta na MotoGP porque já faz um tempo que não ando e sinto falta dessa sensação. Do lado de fora parece muito divertido e seria bom fazer alguns testes, algumas voltas. Um curinga é secundário.” O mesmo vale para a MotoE, marca Ducati desde 2023: “Gostaria de fazer algo assim com esta moto também. Seria interessante entender como funciona.”
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Foto: Ducati Corse