No próximo fim de semana as paragens do MotoGP em Misano Adriatico e também estará em ação Dani Pedrosa, que correrá como wild card da KTM pela segunda vez em 2023. A primeira aparição em Jerez correu muito bem, terminando em sexto na corrida de velocidade e em sétimo na corrida longa. Agora na Emilia-Romagna espera ter mais um bom fim de semana, se divertindo e ajudando a equipe a melhorar ainda mais o RC16.
KTM, Guidotti exalta Pedrosa
A KTM anunciou recentemente a renovação do contrato de Pedrosa, que continuará a ser testador de MotoGP. O chefe da equipe, Francesco Guidotti, está muito feliz com esta importante confirmação: “Não se tratava de convencê-lo – disse o anúncio COMO – porque um personagem com esse nível de orientação e personalidade possui um alto nível de profissionalismo. Você não precisa convencê-lo. Se decidir continuar é porque sabe que tem nível para isso. Se ele tivesse alguma dúvida, ele teria desistido. Foi importante para nós continuarmos com ele“.
Guidotti sabe perfeitamente o quão fundamental é o trabalho realizado pelo piloto espanhol, que tem grande experiência e pode dar um feedback muito útil para o desenvolvimento do RC16: “Ele tem grande sensibilidade e busca a perfeição. Ver alguém do nível dele trabalhando como um animal é inspirador“.
Dani e o MotoGP de hoje
Pedrosa observa um MotoGP um pouco diferente em relação a quando estava entre os protagonistas da categoria. Sobre O mundo o homem de Sabadell, de 37 anos, expressou a sua opinião sobre o assunto: “Antigamente não havia uma luta tão acirrada e tanto equilíbrio entre muitos pilotos. Houve diferenças maiores nas batalhas entre as diferentes posições“.
Agora os valores técnicos estão mais próximos entre as diferentes motos e há muitas motos de fábrica na pista, por isso é muito diferente em comparação com o passado. Dani então acrescenta: “Hoje os pilotos de MotoGP atacam os seus rivais de forma mais agressiva, porque as oportunidades de ultrapassagem são cada vez mais escassas devido ao chamado efeito slipstream e ao sobreaquecimento do pneu dianteiro. É por isso que os pilotos querem largar de uma boa posição. Qualificação e saídas foram decisivas“.
O tricampeão mundial destacou ainda que mudou a abordagem de quem tem que avaliar eventuais penalidades por manobras polêmicas que acontecem na corrida: “Antes havia mais leniência, porque os acontecimentos polêmicos aconteciam no final da corrida ou nas voltas finais. Eles foram considerados parte do show. Agora tudo acontece desde o início, por isso as penalidades precisam ser mais duras. Com equilíbrio presente ocorrem mais acidentes“. O problema é que não há consistência no julgamento de episódios semelhantes nos diferentes GPs, aspecto que muitas vezes tem colocado o Painel de Comissários da FIM na mira dos críticos. Algo precisa ser melhorado.
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