A Fórmula 1, como sabemos, é um esporte para ricos, aliás, para muito ricos. Muitos hipotetizam a chegada de um piloto árabe graças ao dinheiro do pai. E se ela fosse um piloto? Já se passaram mais de trinta anos desde que uma mulher competiu em tempo integral na Fórmula 1, a última foi Giovanna Amati em 1992. A FIA está pressionando nessa direção, mas além de talento, é necessária uma enorme renda disponível. Jamie Chadwick venceu as últimas três edições da W Series (campeonato internacional feminino) e é piloto da Williams Driver Academy, porém não encontrou orçamento para correr nem na Fórmula 3 e por isso vai disputar a Andretti Autosport na Indy NXT com a perspectiva de pousar na Fórmula Indy.
La F1 Academy
Enquanto isso, a F1 Academy nasceu, uma série feminina liderada por Susie Wolff como diretora administrativa. A ex-piloto, esposa do chefe da Mercedes, trabalha há anos para promover o automobilismo entre as meninas. A F1 Academy começará no próximo fim de semana em Spielberg, na Áustria, e terminará no GP de Fórmula 1 em Austin, de 20 a 22 de outubro. O objetivo é formar jovens pilotos tendo em vista a transição para categorias superiores para poder ter uma mulher na Fórmula 1 dentro de alguns anos.
Irmãs Amna e Hamda Al Qubaisi
15 meninas participarão do campeonato e entre as mais talentosas e ricas de todas estão as irmãs dos Emirados Amna e Hamda Al Qubaisi, da equipe MP Motorsport. O pai deles, Khaled Abdulla Al Qubaisi, é um piloto dos Emirados Árabes Unidos que compete em campeonatos de GT. Ele é um homem brilhante e bem-sucedido, com uma grande herança e uma grande paixão pelo automobilismo. As duas meninas competem em monolugares há várias temporadas e têm se destacado na Fórmula Regional. Hamda tem vinte anos e foi a primeira mulher a subir ao pódio em uma corrida do Campeonato Italiano de Fórmula 4. Em termos de talento, talvez existam pilotos mais rápidos, mas as irmãs Al Qubaisi parecem ser as que têm mais chances de pousar um dia na Fórmula 1. Entre outras coisas, os Emirados Árabes Unidos estão na pole position na promoção do automobilismo. Não é por acaso que o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, nasceu em Dubai e a chegada de uma mulher árabe na Fórmula 1 seria a clássica cereja do bolo.
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