Desde as invasões britânicas após Carl Fogarty, não há filas nas entradas de Assen para a Superbike. Nos últimos anos antes da pandemia, este evento ainda atraía um bom público, 50-60 mil espectadores, mas este número será largamente ultrapassado este fim de semana. A paixão é palpável, tanto na arquibancada quanto no paddock. Este é o primeiro evento após três anos de restrições, então o sinal é lindo. Pietro Benvenuti, gerente geral da Fórmula Imola, também está esfregando as mãos: a Superbike retornará às margens do Santerno em meados de julho próximo.
Jonathan Rea põe a cabeça para a frente
No warm up, apenas quinze minutos no frescor da manhã holandesa (10°C ar, 12°C alcatrão), Jonathan Rea estabeleceu o melhor tempo, ao final de uma boa série de voltas rápidas. Com o asfalto frio, e na curta distância, a Kawasaki poderá aguentar o impacto da Ducati com o desafogado Álvaro Bautista. Verificaremos isso na prova de sprint, que começa às 11. Por outro lado, para a corrida 2 será difícil anular o resultado do aperitivo de sábado: com esta geração de ultramacios, Alvarito casa-se, enquanto Rea e Toprak Razgatlioglu (terceiro na corrida 1) tem que lidar com o cobertor muito curto. No warm-up a pista não foi perfeita, houve manchas de umidade em alguns setores após as chuvas noturnas. Mas, seja como for, são os três habituais que conduzem a dança.
Álvaro Bautista bate recorde
Com a vitória de sábado, a 38ª da carreira, o piloto da Ducati aumentou a vantagem no Campeonato do Mundo: são agora 47 pontos sobre Toprak Razgatlioglu, enquanto Jonathan Rea continua em quarto, a 73 do líder. Andrea Locatelli também está à frente do norte-irlandês, a -54 do líder. O espanhol venceu quatro vezes em Assen: duas vezes em 2019 (nessa edição a Corrida da Superpole foi cancelada devido à… neve) e na corrida 2 do ano passado, aproveitando a colisão entre Rea e Toprak. Com a Ducati Bautista correu 79 vezes, vencendo 38 delas, ou seja, 42%: igualando o “coeficiente de vitórias” de Doug Polen, que dominou o Campeonato Mundial de 91-92 com a Ducati. Na época, porém, Polen tinha a vantagem de ter pneus Dunlop muito melhores que os Michelins de seus rivais diretos. Alvarito domina em regime de abastecimento único…
