Os treinos livres de sexta-feira de Danilo Petrucci em Assen terminaram com o décimo primeiro tempo da geral. O estreante mais aguardado do Mundial de Superbike arrecadou 790 milésimos ao líder, Álvaro Bautista. Pode definitivamente fazer melhor.
Além disso, o piloto de Terni não deve ser subestimado caso chova no fim de semana. É uma condição que sempre gostou nos seus tempos de MotoGP e com a qual espera ser competitivo também nas SBK, mesmo que ainda não tenha uma sensação perfeita com a sua Ducati Panigale V4 R.
Superbike Assen, Petrucci comenta sobre treinos livres e problemas
No final do dia, Petrucci fez um balanço de como correu hoje no Circuito TT: “Sou um dos pilotos com mais experiência em corridas, mas o que menos tem com esses pneus. Faz alguns anos que não vou a Assen e devo dizer que a condução é bem diferente. Podem ser as diferentes potências ou os diferentes pneus, mas demorei um pouco. Estou me sentindo cada vez melhor na moto. Infelizmente estamos a três décimos do sexto para o décimo sexto, estou no meio. Com dois décimos melhor estaria na segunda fila, com dois piores era décimo sexto. Amanhã é fundamental fazer uma grande volta na qualificação para largar da frente, já que aqui as ultrapassagens são difíceis“.
O piloto da Barni Spark Racing Team destaca a importância de largar das primeiras filas na corrida. E ainda explica quais são os seus problemas ao pilotar a Ducati Panigale V4 R: “Ainda não entendo muito bem como usar a moto e juntar as voltas. Às vezes sinto que estou indo devagar e fico melhor, outras vezes quero ir mais rápido e piora. Comparado com outros pilotos, não consigo aproveitar a borracha na primeira volta quando há mais aderência. Estou rápido desde a quinta-sexta volta. Os outros com pneus novos reduzem até um segundo, se eu diminuir o tempo em três décimos é muito. E isso não é bom. Eu tenho que entender, fazer alguns quilômetros. Eu gostaria de estar mais adiante. mas a sensação com a moto é muito boa. Amanhã será necessário muito trabalho na Superpole, se eu ficar na frente posso ficar lá porque prefiro pneus usados a novos“.
A comparação com Bautista e a variável chuva
A comparação com Bautista é difícil no momento, mas Petrux ele espera poder se aproximar cada vez mais do atual campeão mundial de Superbike: “Álvaro pilota a moto de uma forma totalmente diferente dos demais. Aproveite ao máximo seu recurso de peso leve. Ele consegue frear a moto com muito ângulo, para mim que peso 30 quilos a mais é muito arriscado entrar numa curva assim. Ele tem vantagem na aceleração e nas retas, mas não fico só apontando o dedo para isso. Ele usa a moto melhor do que eu, quando eu estiver mais perto dele vou ficar mais feliz. Agora não estou explorando todo o potencial da moto. Estou habituado a andar com pneus de mármore, estes parecem-me furados e a moto anda muito. eu tenho que me acostumar“.
Melhor se chover? Danilo não está totalmente convencido disso, pois tem rodado muito pouco nesta condição em SBK: “Isso seria bom para embaralhar as cartas. Aí talvez os outros, vendo que estou por perto, fiquem com medo (risos, ed), mas eu só fiz a corrida em Phillip Island com essa moto no molhado. Não sabíamos o que fazer, precisaria de um turno para me resolver. Quero ir rápido mesmo no seco. No entanto, não tenho medo de nada em termos de clima“.
Alvaro não replicável, Petrucci busca seu caminho
Petrucci tentou seguir Bautista até Assen, de forma a tentar aprender algo mais sobre como tirar partido da Panigale V4 R: “Estou tentando descobrir como ele faz isso, mas não consigo replicar o que ele faz. Eu tenho que encontrar meu caminho para ir rápido. Preciso de tempo para entender os pneus. Fiz duas corridas e três testes, não muito em relação aos outros. Enfim, não tenho desculpas, sou eu quem tem que melhorar. Aos poucos vejo pequenos progressos“.
O antigo piloto de MotoGP admite que não está a utilizar nenhuma das inovações técnicas testadas no teste de Montmelò e também explica o motivo: “Não estou usando nada, porque primeiro quero limitar com o que tenho. Não quero misturar as coisas e causar confusão. A moto tem potencial, a equipe sabe como aproveitá-la e tenho que descobrir como aproveitar ao máximo com os pneus. Quando eu tiver tudo em mãos, vamos usar o que temos de novo“.
Foto: Barni Spark Racing Team