Há alguns dias o Mundial encerrou a viagem a Austin. Apenas no Circus of the Americas, Cameron Beaubier largou da pole position no ano passado na Moto2. Hoje não mais do que o jogo na classe média, por sua firme decisão de retornar à MotoAmerica. Este fim de semana ‘câmera‘ em Road Atlanta ele iniciará sua terceira carreira de destaque em sua terra natal, reaparecendo nesta circunstância como um dos pilotos mais vitoriosos de todos os tempos no circo da ex-AMA Pro Racing. Não só isso: como um dos poucos que podem se dar ao luxo de desistir do Campeonato Mundial.
DA MOTOAMERICA AO CAMPEONATO MUNDIAL DE MOTO E VOLTA
Isso mesmo. Quer gostemos ou não, Cameron Beaubier decidiu não continuar no Campeonato do Mundo de Moto2 por escolha própria é um facto incontestável. Entre outras coisas, nem mesmo motivados por razões econômicas. No final de 2020, tendo conquistado o quinto título de MotoAmerica Superbike em sua carreira, ele estava feliz e convencido de que pousou na Moto2 sob a bandeira da American Racing. Um período de dois anos em que ocasionalmente mostrou coisas boas (a pole em Austin não foi fruto do acaso), chegando a subir ao pódio em algumas ocasiões. Resumindo: teve muito na categoria (e ainda tem)”pior” em termos de pilotos. Pela rapidez e pelos resultados alcançados. Tanto que, nas intenções da American Racing, havia a firme vontade de continuar com a Beaubier também para 2023.
SEM O MOTOGP O RETORNO PARA CASA
Cameron negou ao remetente essa possibilidade por um motivo geral. “Tenho 30 anos agora e é realmente muito improvável que eu possa aterrissar na MotoGP em um futuro próximo.“, confidenciou o motociclismo da Califórnia. “Ainda poderia correr na Moto2 por mais alguns anos, talvez ganhando alguma satisfação, mas não vejo nenhuma possibilidade de correr na MotoGP. Por isso, neste momento da minha carreira, voltar para a MotoAmerica é a escolha certa a fazer“.
NOSTALGIA AMERICANA
Beaubier quer passar os últimos anos de sua carreira em casa, tanto que aceita um cargo que não condiz exatamente com seu passado e palmares na MotoAmérica. Ele vai ganhar menos (muito menos) do que quando saiu do campeonato, passando das corridas da Yamaha R1 Attack.”esmagar oponentes” para um Tytlers Cycle Racing BMW M 1000 RR para ser avaliado. Correu-lhe bem assim, com a convicção este ano de lançar as bases para um assalto ao hexacampeonato com vista a 2024. Talvez já tenha batido a marca na época de regresso ao recorde de sucessos na série, distante – 5. Para alguém que venceu 16 das 20 corridas realizadas em 2020, isso já teria sido uma mera formalidade. Hoje, pensar em cinco vitórias não é tão fácil, mesmo para alguém como ele…