Jorge Lorenzo visitou diferentes cidades da Espanha para participar de vários eventos de mídia e esportes. Na temporada de 2023 ele dará mais um passo em sua carreira de piloto depois de se aposentar do MotoGP em 2019. O maiorquino vai participar da Porsche Super Cup com a equipe Huber Racing, mas é impossível esquecer o que ele fez nos muitos anos de MotoGP, conquistando cinco títulos mundiais e oferecendo dias emocionantes para a então amarga rivalidade com Valentino Rossi.
Após 18 temporadas decidiu se aposentar, dados os resultados não muito animadores pilotando a Honda e as contínuas lesões. No programa “La Roca”, o ex-piloto de MotoGP voltou a confirmar que se retirou para aproveitar a vida com tranquilidade, depois de anos difíceis e de alta tensão. Antes viajava de um canto ao outro do mundo para participar dos Grandes Prêmios, hoje por lazer ou por compromissos profissionais. “Viajo mais agora do que quando corria. Amo viajar e conhecer novos lugares. Quando eu estava correndo eu ia do aeroporto para o circuito e ficava lá três dias. Agora, quando viajo, viajo. Eu fico no local por duas semanas descobrindo-o ao máximo“.
Nostalgia do MotoGP…
Porém, faltam aquelas sensações que só uma vitória e uma corrida podem proporcionar, a adrenalina da espera, os instantes antes do semáforo apagar, as ultrapassagens no limite, os desafios corpo a corpo. Emoções que escolheu deixar de lado, mas que deixaram uma marca indelével na mente de Jorge Lorenzo. “O que mais sinto falta é de vencer. Acredito que a pessoa nasce competitiva por causa da genética. Na escola, inventava brincadeiras com meus amigos para vencê-los“. Desde que Jorge Lorenzo e Valentino Rossi deixaram o MotoGP, outra era parece ter sido inaugurada.
As grandes tensões e batalhas acabaram, a diplomacia é rei na era das redes sociais. “Existem diferentes tipos de pilotos: os que são mais legais e se dão bem com todos e os que são mais da equipe“. Há também uma pitada de autocrítica, mas ele não se arrepende, nem mudaria nada se pudesse voltar atrás. “Às vezes eu estava muito errado, mas para o bem ou para o mal eu sempre disse o que pensava“. Por outro lado, não foi fácil dividir a garagem por tantos anos com um personagem “desconfortável” como Valentino Rossi…”Ele sabia ser bonzinho na frente das câmeras, eu não“.