Ele chegou ao Campeonato Mundial como atual campeão da Moto3 Júnior. Daniel Holgado conquistou o primeiro campeonato cronometrado terminando em segundo lugar entre os estreantes, atrás de Diogo Moreira. É preciso dizer que o início não foi fácil, até por uma condição física menos que perfeita, mas passo a passo foi se entrosando, tirando também duas satisfações. Holgado fechou um ano cheio de altos e baixos, mas vamos lembrar que ele era um estreante. Quem sabe onde ano que vem pode chegar na categoria.
De menos para mais
Para Holgado não foi a estreia absoluta no Mundial. De fato, em 2021 ele havia disputado um GP com a CIP para o lesionado Maximilian Kofler, depois mais duas rodadas com a Tech3 para o desclassificado Deniz Oncu. Ele também conquistou seus primeiros pontos no campeonato em duas ocasiões, um bom ponto de partida para 2022. Mas a aproximação de sua primeira temporada completa desacelerou quando, em janeiro passado, ele sofreu um acidente durante um treinamento. Uma fratura multifragmentada na tíbia esquerda não é algo que possa ser recuperado rapidamente, então Holgado ainda não estava no topo na época de sua estreia mundial. Mas apesar de tudo, chegaram logo uns dez primeiros, alternados com alguns erros, mas o primeiro lampejo veio depois. Na Áustria consegue a sua primeira pole position mundial, dois GPs depois (Aragão) aqui é o primeiro pódio da categoria. Perdeu o título de melhor estreante por apenas 9 pontos, mas tem pouco a se reprovar.
Holgado, é muito cedo para o título?
O valenciano de 17 anos não é daqueles talentos que explodem logo de cara. Se olharmos sua trajetória no CEV Moto3 por exemplo, notamos que ele se tornou o grande protagonista em seu terceiro ano na categoria. Mas nessa última temporada no Mondialino levou o título com autoridade. Emergir no campeonato mundial nunca é fácil, mas Holgado também se enquadra na categoria de jovens e interessantes talentos do movimento motociclista espanhol. Para encurtar a história, parece apenas uma questão de tempo até que o vejamos em uma luta pelo campeonato também. Em 2023 será o protagonista da KTM Tech3, já que do outro lado está o estreante Filippo Farioli. Uma boa oportunidade para continuar a progredir, sem a pressão da equipa de fábrica de Aki Ajo. E quem sabe se haverá surpresas.
Crédito da foto: motogp.com