Cesare Tiezzi é um novato, mas poucos o notaram. O novo campeão italiano de Moto 3 quase parece um piloto experiente. Foi sua primeira temporada na Moto3 depois de competir no PreMoto3 em 2021 novamente com o Team AC Racing. Teve um pouco de sorte porque o seu adversário direto, Nicola Carraro, teve de falhar uma ronda porque esteve envolvido no Campeonato do Mundo, mas foi autor de uma temporada como protagonista absoluto. Em 2022 chegou ao pódio 7 vezes, conquistando duas vitórias, três segundos lugares e dois terços.
Cesare Tiezzi tem 17 anos, vive em Novi Ligure no Piemonte e frequenta o último ano do Liceu de Ciências Aplicadas.
“Comecei meus estudos um ano antes – diz Cesare Tiezzi – e em 2023 terei os exames finais. Meus pais se preocupam muito com a escola. Piloto sim, mas sem descuidar do estudo”.
Como você conseguiu vencer o Campeonato Italiano de Moto 3 imediatamente no primeiro ano?
“Com a introdução das 450, todos nos encontrámos mais ou menos no mesmo nível e mesmo os mais experientes estavam a estrear-se nestas motos e não tinham vantagem. Desta forma, a diferença entre quem já tinha competido em Moto3 e os estreantes diminuiu. A temporada tem sido linda, divertida e tenho conseguido muitos bons resultados”.
Qual raça ficou mais no seu coração?
“Definitivamente o primeiro porque estava na minha estreia absoluta nesta categoria, as condições meteorológicas não eram as ideais mas consegui vencer depois de um bom duelo. Começar a temporada com uma vitória é sempre algo especial”.
A quem você dedica esse sucesso?
“A todos os caras da minha equipe que acreditaram muito em mim, sempre me deram uma moto quase perfeita e sempre trabalharam com muito empenho”.
O que você vai fazer em 2023?
“Ainda não sei. Gostaria de ficar no Moto3 e participar no Campeonato do Mundo de Juniores ou, se tiver de ficar no CIV, espero poder competir no Supersport 600”.
Quais são seus sonhos?
“Para aterrar no Campeonato do Mundo de Moto3, mas para ter sucesso, primeiro teria de participar no Campeonato do Mundo de Juniores e alcançar resultados importantes lá. Se não fosse possível eu poderia pensar num futuro no Mundial de Supersport também porque poderia ter mais tempo para chegar lá, não está tudo concentrado em alguns anos como na Moto3 onde é importante ser jovem”.
Quem você mais admira entre os pilotos de MotoGP?
“Aleix Espargaró. Ele me fascina muito porque conseguiu chegar ao topo graças ao seu empenho, trabalho duro e dedicação”.