Calculadora na mão: se hoje Toprak Razgtalioglu seguisse o sucesso na corrida 1, quantos pontos ele poderia recuperar para o líder do Mundial de Superbike, que é o piloto da Ducati Álvaro Bautista? O turco da Yamaha na montanha russa de Portimão está à solta, mesmo no warm up confirmou o seu estado de graça ao marcar inconfundíveis 1’40″166, quase quatro décimos melhor que o seu rival. Hoje a Toprak tem duas oportunidades para atacar, mas será Bautista tão complacente e satisfeito em limitar os danos? Não conte com isso…
Bautista na encruzilhada: aceita o desafio?
Nas declarações pós-corrida 1, Álvaro Bautista deu a entender que sem a redução de voltas de 20 para 14 devido a um atraso na partida, ele poderia ter jogado contra Toprak Razgatlioglu. A Ducati contou com um melhor gerenciamento de pneus (padrão SC0) na final. Hoje veremos se foi uma perspectiva, ou um blefe. Contra o frenético Toprak, Álvaro enfrenta um dilema: aceitar o desafio abertamente, com todos os riscos que isso acarreta, ou limitar os danos pensando na Copa do Mundo? Nos quinze minutos de aquecimento Bautista pagou 394 milésimos, comnuque segundo desempenho à frente de Lowes, Locatelli e Rinaldi.
Jonathan Rea árbitro
A Kawasaki é incapaz de se defender contra a Yamaha e a Ducati, e o terceiro lugar na corrida 1 derrubou Jonathan Rea para -71 pontos do topo. A três rodadas e meia do epílogo, a Copa do Mundo da Irlanda do Norte pode ser considerada comprometida. É fácil imaginar que daqui até o fim Jonathan Rea, já fora do jogo, vai tentar sacar o coringa que precisa para derrubar um confronto desigual. No warm up experimentou mudanças de afinação que lhe permitem gerir melhor o B0624 traseiro, que no sábado o derrubou a metade da distância reduzida. Rea com o mesmo pneu não tem chance contra Toprak e Bautista, com o outro correndo o risco de ficar sem aderência no mais bonito. Um quebra-cabeça. Não é certo que a Kawasaki não seja capaz de opinar na corrida de velocidade.
